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To identify factors associated with hospitalization for target organ damage (HTOD) in patients followed in a systemic arterial hypertension (SAH) specialized clinic, we designed a retrospective case-control study. We analyzed the automatic blood pressure (BP) measurements profile performed in the office. We extracted data in terms of causes of SAH, vascular risk factors and started antihypertensive therapy. We identified 42 cases that required at least one HTOD between 2010 and 2020. The main reasons for HTOD were cerebral infarction (19 cases; 45.2%) and acute myocardial infarction (14 cases; 35.7%). The mean age of occurrence of HTOD was 63.8 (standard deviation [SD] 12.9) years, being 73.0 (SD 39.0) years for cerebral infarction and 65.0 (SD 51.0) years for acute myocardial infarction. Three patients (7.1%) suffered a second HTOD. We selected 84 controls without HTOD followed at the same clinic matched with cases by sex and year of birth. The groups were distinct in terms of mean systolic BP (with HTOD 158.6 versus without HTOD 145.9 mmHg; p < 0.001), SD of systolic BP (18.4 versus 14.5 mmHg; p = 0.002), coefficient of variability (CV) of systolic BP (0.12 versus 0.10; p = 0.033), mean of diastolic BP (83.5 versus 76.7 mmHg; p = 0.002) and SD of diastolic BP (10.9 versus 8.8 mmHg; p = 0.003) but not the CV of diastolic BP (0.13 versus 0.12; p = 0.113). In the multivariate analysis, associated with HTOD were: systolic BP ≥ 160 mmHg in 10% or more of the measurements (adjusted odds ratio [AOR] 3.0; p = 0.034), diastolic BP ≥ 100 mmHg in 10% or more of the measurements (AOR 3.8; p = 0.006), presence of 2 or more comorbidities (between diabetes mellitus, current or previous smoking, dyslipidemia or atrial fibrillation) (AOR 3.1; p = 0.016) and chronic kidney disease (AOR 2.7; p = 0.027). Para identificar fatores associados à hospitalização por lesão de órgão alvo (HLOA) em doentes seguidos em consulta especializada em hipertensão arterial sistémica (HAS), elaboramos um estudo retrospetivo do tipo caso-controlo. Analisamos o perfil das medições automáticas da pressão arterial (PA) realizadas em consultório. Extraímos dados em termos de causas de HAS, fatores de risco vascular e terapêutica anti-hipertensiva instituída. Identificamos 42 casos que necessitaram de pelo menos uma HLOA entre 2010 e 2020. Os principais motivos de HLOA foram enfarte cerebral (19 casos; 45,2%) e enfarte agudo do miocárdio (14 casos; 35,7%). A média das idades de ocorrência da HLOA foi 63,8 (desvio-padrão [DP] 12,9) anos, sendo de 73,0 (DP 39,0) anos para o enfarte cerebral e de 65,0 (DP 51,0) anos para o enfarte agudo do miocárdio. Três doentes (7,1%) apresentaram uma segunda HLOA. Selecionamos 84 controlos sem HLOA seguidos na mesma consulta emparelhados com os casos pelo sexo e pelo ano de nascimento. Os grupos eram distintos em termos de média da PA sistólica (com HLOA 158,6 versus sem HLOA 145,9 mmHg; p < 0,001), DP da PA sistólica (18,4 versus 14,5 mmHg; p = 0,002), coeficiente de variabilidade (CV) da PA sistólica (0,12 versus 0,10; p = 0,033), média da PA diastólica (83,5 versus 76,7 mmHg; p = 0,002) e DP da PA diastólica (10,9 versus 8,8 mmHg; p = 0,003) mas não do CV da PA diastólica (0,13 versus 0,12; p = 0,113). Na análise multivariada, associaram-se a HLOA: PA sistólica ≥ 160 mmHg em 10% ou mais das medições (razão de chances ajustada [RCA] 3,0; p = 0,034), PA diastólica ≥ 100 mmHg em 10% ou mais das medições (RCA 3,8; p = 0,006), presença de 2 ou mais comorbilidades (entre diabetes mellitus, tabagismo presente ou pregresso, dislipidemia ou fibrilhação auricular) (RCA 3,1; p = 0,016) e doença renal crónica (RCA 2,7; p = 0,027). |
