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Mafra distingue-se de outros concelhos portugueses pela riqueza do seu património edificado e musical. O Palácio Nacional, Convento e Basílica com os seus seis órgãos históricos e carrilhões são reconhecidos nacional e internacionalmente (Património Cultural pela UNESCO), como um considerável atrativo turístico. Paralelamente, destaca-se a sua oferta de concertos, festivais e ciclos de música, bem como a sua aposta em cursos e escolas de música enquanto forma de promover o constante diálogo com a população ali residente. Embora a utilização da música e do património histórico como elementos estratégicos do desenvolvimento cultural e educativo tenha contribuído para uma maior aproximação entre os moradores e o público interessado/especializado, por um lado, e o município, por outro, verifica-se uma falta de visibilidade e atratividade para um target mais amplo e heterogéneo, bem como para os residentes mais jovens. Torna-se importante, por esta razão, que o concelho ative de forma mais expressiva os seus atributos e elementos diferenciadores, de modo a reforçar a sua reputação, tornar a sua oferta mais apta para satisfazer necessidades intangíveis de um público mais alargado e diversificado, e poder afirmar-se como bom um exemplo de destino cultural, capaz de atrair não só visitantes, mas também empresas, investimentos e outros eventos institucionais. Acredita-se que a música pode vir a tornar-se futuramente uma forte assinatura do concelho. Porém, como poderá o município utilizar o seu património histórico e cultural, em particular o seu património musical, como asset para atrair mais visitantes? O presente estudo de caso desenvolveu um levantamento sistemático da oferta cultural da região, identificando os pontos fortes e oportunidades do município face aos principais concorrentes nacionais, tendo sido posteriormente analisadas as suas fragilidades/ameaças, de modo a apresentar um conjunto de propostas concretas de mudança, capazes de alavancar Mafra enquanto destino cultural musical competitivo no mapa turístico nacional e internacional. Metodologicamente, optou-se por uma abordagem qualitativa, combinando a análise documental com entrevistas exploratórias e em profundidade a key players oficiais (autarquia e responsáveis pelos espaços e iniciativas analisados). |