CRIANÇAS COM MÚLTIPLAS MALFORMAÇÕES CONGÊNITAS: QUAIS SÃO OS LIMITES ENTRE OBSTINAÇÃO TERAPÊUTICA E TRATAMENTO DE BENEFÍCIO DUVIDOSO?
Autor: | Patricia Souza Valle Cardoso Pastura, Marcelo Gerardin Poirot Land |
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Rok vydání: | 2017 |
Předmět: |
medicine.medical_specialty
Empirical data Cost–benefit analysis ética business.industry malformações congênitas lcsh:RJ1-570 lcsh:Pediatrics medicine.disease Surgery pediatria 03 medical and health sciences Therapeutic approach 0302 clinical medicine 030225 pediatrics Pediatrics Perinatology and Child Health Medicine Multiple birth 030212 general & internal medicine MULTIPLE MALFORMATIONS Complex congenital heart disease business Intensive care medicine Imperforate anus Family values |
Zdroj: | Revista Paulista de Pediatria, Iss 0 |
ISSN: | 1984-0462 0103-0582 |
DOI: | 10.1590/1984-0462/;2017;35;1;00004 |
Popis: | RESUMO Objetivo: A abordagem terapêutica de crianças com múltiplas malformações inclui muitos dilemas, tornando difícil diferenciar um tratamento de benefício duvidoso da obstinação terapêutica. O objetivo deste artigo foi destacar as possíveis fontes de incerteza no processo de tomada de decisão para esse grupo de crianças. Descrição do caso: Lactente de 11 meses de idade, que nasceu com múltiplas malformações congênitas e foi abandonado por seus pais, nunca recebeu alta hospitalar. Ele tem cardiopatia congênita cianótica, estenose do brônquio fonte esquerdo e imperfuração anal. Passou por muitos procedimentos cirúrgicos e permanece sob suporte tecnológico. A correção total do defeito cardíaco parece improvável, e todas as tentativas de desmame do ventilador falharam. Comentários: As duas principais fontes de incerteza no processo de tomada de decisão para crianças com múltiplos defeitos congênitos estão relacionadas ao prognóstico incerto. Dados empíricos escassos são por conta das múltiplas possibilidades de envolvimento (anatômico ou funcional) de órgãos, com poucos casos semelhantes descritos na literatura. O prognóstico é também imprevisível para a evolução da capacidade cognitiva e para o desenvolvimento de outros órgãos. Outra fonte de incertezas é como qualificar uma vida como valendo a pena ser vivida, ponderando custos e benefícios. A quarta fonte de incerteza é quem tem a decisão: os médicos ou os pais? Finalmente, se um tratamento é definido como fútil, então, como limitar o suporte? Na ausência de um método universal para essa tomada de decisão, ficamos com a responsabilidade dos médicos em desenvolver suas habilidades de percepção das necessidades dos pacientes e dos valores familiares. |
Databáze: | OpenAIRE |
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