Recidiva pélvica de adenocarcinoma de reto: abordagem cirúrgica

Autor: Cláudio Saddy Rodrigues Coy, Priscilla de Sene Portel Oliveira, Raquel Franco Leal, Maria de Lourdes Setsuko Ayrizono, Sandro Nunes Ângelo, Juvenal Ricardo Navarro Góes, João José Fagundes
Rok vydání: 2008
Předmět:
Zdroj: Revista Brasileira de Coloproctologia v.28 n.1 2008
Revista Brasileira de Coloproctologia
Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBC)
instacron:CEC
Revista Brasileira de Coloproctologia, Volume: 28, Issue: 1, Pages: 40-45, Published: MAR 2008
ISSN: 0101-9880
DOI: 10.1590/s0101-98802008000100006
Popis: A recidiva pélvica após ressecção cirúrgica do câncer do reto varia de 3% a 35% em cinco anos. A condição é de difícil manejo, sendo discutível o melhor tratamento. A radioterapia e quimioterapia podem ser utilizadas como métodos paliativos, e os melhores resultados podem ser conseguidos com a cirurgia radical. OBJETIVO: Avaliar os doentes que foram submetidos à cirurgia por recidiva pélvica no Hospital das Clínicas da Unicamp, pelo Grupo de Coloproctologia. CASUÍSTICA E MÉTODO: Entre 1999 e 2007, 26 doentes com recidiva pélvica após cirurgia para ressecção de câncer do reto foram avaliados. Dados clínicos, estadiamento oncológico, cirurgia realizada inicialmente, ressecabilidade cirúrgica da recidiva e seguimento foram analisados. RESULTADOS: A cirurgia inicial mais comum foi a retossigmoidectomia com anastomose colorretal (46,1%). Cinco de 26 doentes apresentavam perfuração tumoral na primeira cirurgia. Linfonodos positivos foram encontrados em 53,8% dos casos, e 69,2% eram T3 ou T4. Com relação à abordagem da recidiva local, a principal cirurgia realizada foi amputação abdominoperineal do reto. A cirurgia foi considerada radical em 42,3% dos 26 doentes. A ressecção do tumor foi possível em 65,4%. O seguimento médio foi de 29,4 meses, com sobrevida global de 34,6%. CONCLUSÃO: Aproximadamente dois terços dos casos com recidiva local puderam ser submetidos à ressecção visando cura, com melhora na sobrevida. Esta abordagem cirúrgica deve ser encorajada em hospitais que possuem grupos multidisciplinares especializados, para a melhora da qualidade de vida de doentes selecionados. Local recurrence after rectal cancer resection varies between 3 to 35% in five years. The condition has difficult management, and little is known about the best treatment. Radiotherapy and chemotherapy can be used as paliative methods, and the best results are achieved with radical resection. PURPOSE: To evaluate patients submitted to surgery for pelvic recurrence by the Coloproctology Unit at Clinical Hospital of Unicamp. METHODS AND PATIENTS: Between 1999 and 2007, 26 consecutive patients with locally recurrence after rectal cancer surgery were evaluated. According to clinical data, tumor stage at the first surgery, recurrence ressecability and follow-up were analyzed. RESULTS: The most common initial surgery was retossigmoidectomy with colorectal anastomosis (46,1%). Of the 26 patients, five had tumor perforation at the first surgery. Positive lynphnodes were found in 53,8% and 69,2% were classified as T3 or T4 staging. In relation to surgery for local recurrence, the principle was abdominoperineal amputation of the rectum. Radical surgery was performed in 42,3% of the cases. The resection of the tumor was possible in 65,4%. The mean follow-up period was 29,4 months, with an overall survival of 34,6%. CONCLUSION: Approximately two-thirds of patients with locally recurrent rectal cancer can be submitted for surgical resection, improving survival. This surgical intervention should be encouraged in hospitals with multidisciplinary teams to improve quality of life in selected patients.
Databáze: OpenAIRE