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portuguesO texto discute a critica realizada pela descolonizacao africana relativamente ao dualismo antropologico europeu que serve como substrato para a constituicao do discurso filosofico-sociologico-antropologico da modernidade-modernizacao ocidental e que implica (a) na cisao, na separacao, na autonomia, na independencia, da endogenia, na autorreferencialidade, na autossubsistencia, na autossuficiencia e na sobreposicao da Europa em relacao a todos os outros da Europa, correlatamente (b) a legitimacao da Europa, por meio da racionalizacao, como presente efetivo, atualidade substantiva e abertura e direcionamento ao futuro, a unica instância paradigmatico-normativa capaz de fundar, legitimar e realizar o universalismo nao-etnocentrico e nao-egocentrico e com condicoes de gerar critica, reflexividade, mobilidade e emancipacao, ao contrario de todos os outros da modernidade que, enquanto sopa indiferenciada e generalizacao absoluta demarcadas por uma condicao mitica, sao concebidos como perspectiva pre-moderna e antimoderna e, nesse sentido, como passado antropologico, incapazes de gerar critica, reflexividade, mobilidade e transformacao ao longo do tempo, sendo demarcados por dogmatismo-fundamentalismo e contextualismo-particularismo. A descolonizacao africana, por meio da triade eurocentrismo-colonialismo-racismo e/como fascismo, desconstruira o dualismo antropologico, a cegueira historico-sociologica e a romantizacao normativo-filosofica do racionalismo ocidental e, a partir da voz-praxis dos sujeitos menorizados-colonizados construidos pela Europa em termos do racismo estrutural, apresentara uma nova perspectiva de um universalismo nao-etnocentrico e nao-egocentrico que somente pode ser gerado e sustentado como descolonizacao, isto e, como superacao do dualismo antropologico e do consequente maniqueismo politico-moral que, enquanto racismo estrutural, tem demarcado a relacao assimetrica da Europa para com os povos nao-europeus sob a forma de usurpacao, instrumentalizacao, producao de minorias politico-culturais e, como coroamento disso, de realizacao de etnocidios-genocidios contra negros e indigenas. EnglishThe paper discusses the criticism performed by African decolonization regarding European anthropological dualism that serves as basis to the constitution of the philosophical-sociological-anthropological discourse of Western modernity-modernization, which implies (a) in the split, separation, autonomy, independence, endogeny, self-referentiality, self-subsistence, self-sufficiency and superposition of Europe in relation over all others of Europe, correlatively to (b) the legitimation of Europe, by means of rationalization, as effective present, substantive actuality and orientation to the future, the only paradigmatic-normative instance which is capable of ground, legitimize and implement the non-ethnocentric and non-egocentric universalism and with condition to generate criticism, reflexivity, mobility and emancipation, contrarily to all others of modernity who, as undifferentiated soup and absolute generalization demarcated by a mythic condition, are conceived as pre-modern and anti-modern perspective and, in this sense, as anthropological past, unable to generate criticism, reflexivity, mobility and transformation along the time, being charaterized for dogmatism-fundamentalism and contextualism-particularism. African decolonization, by means of the triad eurocentrism-colonialism-racism as fascism, will deconstruct the anthropological dualism, the historical-sociologica blindness and the normative-philosophical romanticization of Western rationalism and, from the voice-praxis of the minorized-colonized subjects constructed by Europe in terms of structural racism, will furnish a new perspective of a non-ethnocentric and non-egocentric universalism which can be generated and sustained only as decolonization, that is, as overcoming of the anthropological dualism and of the consequent political-moral dualism that, as structural racism, have streamlined the asymmetric relationship of Europe to non-European peoples in terms of usurpation, instrumentalization, construction of political-cultural minorities and, as the crowning point of all these, realization of etnocides-genocides against Black and Indigenous peoples. |