Ernst Jünger e o demônio da técnica: modernidade e reacionarismo

Autor: Victor de Oliveira Pinto Coelho
Jazyk: angličtina
Rok vydání: 2017
Předmět:
Zdroj: Topoi (Rio de Janeiro), Volume: 18, Issue: 35, Pages: 246-273, Published: JUL 2017
Topoi, Vol 18, Iss 35, Pp 246-273
Topoi (Rio de Janeiro) v.18 n.35 2017
Topoi (Rio de Janeiro. Online)
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
instacron:UFRJ
Popis: The theme of this article is Ernst Jünger’s work in the interwar period, especially the essay The Worker (1932). Our focus is to point out, in the Jüngerian appropriation of technique, its character of anti-liberal political mythology. We dialogue with the political and intellectual horizon of the time (including authors such as Simmel, Kracauer and Benjamin), seeking to establish a problematization framework about the technique in Germany, where also emerges the so-called “Conservative Revolutionary Movement.” We point out in Jünger’s work the relationship between the “type” or “figure of the worker” and the notion of the sacrifice of individuality in favor of the total mobilization of technique, in the terms of reactionary modernism. Finally, as there are no references to authors and works in The Worker, we raise the hypothesis of an underlying dialogue with the intellectual tradition of Romanticism by confronting Jünger’s work with the theme of “asymptotic completion” (Lacoue-Labarthe) -the impossibility, in modern times, of sustaining a pre-established harmony. RESUMO O tema do artigo é a obra de Ernst Jünger no entreguerras, em especial o ensaio O trabalhador (1932). Nosso foco é apontar, na apropriação jüngeriana da técnica, seu caráter de mitologia política antiliberal. Dialogamos com o horizonte político e intelectual da época (incluindo autores como Simmel, Kracauer e Benjamin) buscando estabelecer um quadro de problematização sobre a técnica, na Alemanha, onde emerge também o chamado “Movimento Revolucionário Conservador”. Apontamos, na obra de Jünger, a relação entre o “tipo” ou “figura do trabalhador” com a noção de sacrifício da individualidade em favor da mobilização total da técnica, nos termos do modernismo reacionário. Por fim, dado o fato de que em O trabalhador não há referências a autores e obras, levantamos a hipótese de um diálogo subjacente com uma tradição intelectual que vem do romantismo, hipótese que conduzimos mediante uma confrontação da obra de Jünger com o tema do “acabamento assintótico” (Lacoue-Labarthe) - a impossibilidade, nos tempos modernos, de sustentar uma harmonia preestabelecida. RESUMEN El tema del artículo es la obra de Ernst Jünger en el entreguerras, en especial el ensayo El trabajador (1932). Nuestro foco es señalar, en la apropiación jüngeriana de la técnica, su carácter de mitología política antiliberal. Dialogamos con el horizonte político e intelectual de la época (incluyendo autores como Simmel, Kracauer y Benjamin) en búsqueda de establecer un cuadro de problematización sobre la técnica, en Alemania, donde emerge también el llamado “Movimiento Revolucionario Conservador”. Señalamos, en la obra de Jünger, la relación entre el “tipo” o “figura del trabajador” con la noción del sacrificio de la individualidad en favor de la movilización total de la técnica, en los términos del modernismo reaccionario. Por fin, como en El trabajador no hay referencias a autores y obras, planteamos la hipótesis de un diálogo subyacente con una tradición intelectual que viene del romantismo, hipótesis que conducimos mediante una confrontación de la obra de Jünger con el tema del “acabado asintótico” (Lacoue-Labarthe) -la imposibilidad, en los tiempos modernos, de sostener una harmonía preestablecida.
Databáze: OpenAIRE