Uma abordagem integrativa para delimitar espécies no par Eulaema cingulata e Eulaema pseudocingulata (Hymenoptera: Apidae) utilizando evidência morfométrica e molecular

Autor: Tamires de Oliveira Andrade
Přispěvatelé: Carlos Roberto Ferreira Brandão, Kelli dos Santos Ramos, Maria Cristina Arias, Aline Cristina Martins
Jazyk: angličtina
Rok vydání: 2021
Předmět:
Zdroj: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Universidade de São Paulo (USP)
instacron:USP
Popis: The study of species delimitation has been a rich scientific field that makes use of different sources of data in order to identify independently evolving lineages that might be recognized as species. Males of the solitary orchid bees Eulaema cingulata (Fabricius, 1804) and Eulaema pseudocingulata Oliveira, 2006 are morphologically similar, although differ in the shape of the velvety area of the middle leg. These nominal species are relatively commonly recorded in bee diversity studies in Brazil; they have been, however, recognized by conflicting hypotheses of interspecific delimitation. Here we investigate the limits of both nominal species combining distinct methods: geometric morphometrics (GM), phylogenetics, COI-barcoding and pairwise genetic p-distance with a species delimitation method based on multispecies coalescent. We obtained data from 126 representative specimens of the entire geographical range in which the nominal species occur and assess species boundaries under the general lineage concept. We found substantial overlapping in the shape of forewings and heads of species in the GM analysis. The results of COI-barcoding analysis showed pair-wise genetic distances lower than 3% (within E. cingulata 1.3% and within E. pseudocingulata 0.7%, while between the two species 0.95%). The Bayesian phylogenetic reconstruction clustered both species in a strongly supported monophyletic group, however, these forms were not reconstructed as distinct clades. The sequencing of UCEs recovered 2.180 homologous loci that provided no sufficient variability to recognize both forms either as different species or as independent evolutionary units. Our results support the recognition of E. cingulata and E. pseudocingulata as members of the same evolutionary unit. O estudo de delimitação de espécies tem sido um fértil campo da ciência, que faz uso de diferentes fontes de dados para identificar linhagens evolutivas independentes que devam ser reconhecidas como espécies. Os machos das espécies de abelhas solitárias das orquídeas Eulaema cingulata (Fabricius, 1804) e Eulaema pseudocingulata Oliveira, 2006 têm sido reconhecidas como entidades diferentes na literatura, são morfologicamente similares e se diferenciariam pela forma da região aveludada da perna média. Registros dessas espécies nominais são relativamente comuns em estudos de diversidade de abelhas no Brasil; no entanto, estes nomes têm sido reconhecidos a partir de hipóteses conflitantes de delimitação interespecífica. Aqui nós investigamos se existem limites entre ambas as espécies combinando métodos como Morfometria Geométrica (MG), filogenética, COI-barcoding e distância genética com um método de delimitação de espécies baseado em coalescência de múltiplas espécies. Obtivemos dados de 126 espécimes representativos de toda a distribuição geográfica em que as espécies nominais ocorrem e avaliamos os limites das espécies sob o conceito de linhagem geral. Encontramos sobreposições substanciais na forma das asas anteriores e das cabeças na análise de MG. Os resultados da análise do COI-barcoding mostraram distâncias genéticas inferiores a 3% (dentro de E. cingulata 1,3% e dentro de E. pseudocingulata 0,7%, enquanto entre as duas espécies 0,95%). A reconstrução filogenética bayesiana agrupou ambas as formas em um grupo monofilético fortemente suportado, apesar delas não terem sido reconstruídas, entretanto, como clados distintos. O sequenciamento de UCEs recuperou 2.180 loci homólogos que corroboram com análises anteriores e não forneceram variabilidade suficiente para reconhecer ambas as formas como espécies biológicas diferentes ou como unidades evolutivas independentes. Nossos resultados apoiam o reconhecimento de ambas as formas como membros de uma mesma unidade evolutiva.
Databáze: OpenAIRE