Sobre a aplicação do conceito de pessoa
Autor: | Marques, Beatriz Sorrentino |
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Přispěvatelé: | Gabbi Junior, Osmyr Faria, 1950, Leclerc, André, Torriani, Tristan, Universidade Estadual de Campinas. Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Filosofia, UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS |
Rok vydání: | 2021 |
Předmět: | |
Zdroj: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) instacron:UNICAMP |
DOI: | 10.47749/t/unicamp.2009.446928 |
Popis: | Orientador: Gabbi Junior, Osmyr Faria Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciencias Humanas Resumo: A distinção entre pessoas e coisas materiais, para P. F. Strawson em seu livro Individuals, guia a discussão sobre o que são pessoas e como as identificamos e nos referimos a elas. No entanto, a tentativa de fazer esta distinção chama a atenção para a necessidade da reflexibilidade do si mesmo, capaz de identificar si mesmo e outros como sendo pessoas. Paul Ricoeur explicita em seu livro Soi-même comme un autre como a designação de si desenvolve a compreensão da noção de si mesmo. A referência aos particulares de base que auxiliaria em sua distinção de coisas ocorre na linguagem, entretanto, ao levar em consideração atos de fala, que remetem à capacidade de designar a si na interlocução, surge a necessidade de considerar a ação como o principal aspecto que diferencia pessoas de coisas, como Strawson aponta em sua teoria. A ação expõe a distinção entre a espontaneidade com a qual o agente interfere no mundo, por meio de seu corpo, e a ocorrência de eventos de acordo com leis da natureza. Assim, a ação traz a dimensão da ética para o agente ao apontar o seu poder de agir. Por fim, a narrativa ajuda a designar uma ação ao seu agente, pois a ação faz parte da trama que o agente constrói, e contar algo é contar quem fez o que numa história em que o personagem apresenta uma constância. Dadas estas considerações, o presente estudo avalia dois casos de narrativas literárias para constatar se os seres não humanos que as compõem são pessoas ou não Abstract: For P. F. Strawson, in his book Individuals, the distinction between persons and material things guides the argument over what persons are and how we identify and refer to them. However, tryning to point out the distinction calls atention to the need of the self's reflectivity, capable of identifying onself and another as persons. Paul Ricoeur elucidates in his book Soi-même Comme un Autre how self ascription develops our understanding of the self. The reference to basic particulars that should help distinguishing things happens through language, though, when we consider speech acts, which refere to the self designation capacity in interlocution, we realise the need to consider action as the key aspect which distinguishes persons from things, as Strawson poits out in his theory. Action exposes the distinction between the agente's spontaneous interference in the world, through his body, and the ocurrence of events in acordance with laws of nature. By way of his power to act, action brings to the agent a ethical dimension. Narrative helps ascribing an action to it's agent, since the action is a part of the plot the agent constructs, and to tell something is to tell who did what in a narrative where the character presents constancy. Based on these considerations, the present essay studies two literary cases to decide if the non-human beings preset on these narratives are persons or not. Key Words: Basic Particulars, Oneself, Intentional Action, Self-ascription, Own Body Mestrado Filosofia Mestre em Filosofia |
Databáze: | OpenAIRE |
Externí odkaz: |