Stream macroalgal flora from Parnaíba River Basin, Brazil: reducing Wallacean shortfall

Autor: Cleto Kaveski Peres, Richard Wilander Lambrecht, Marina Ramos Auricchio
Jazyk: angličtina
Rok vydání: 2019
Předmět:
Zdroj: Biota Neotropica, Volume: 19, Issue: 2, Article number: e20180685, Published: 01 APR 2019
Biota Neotropica v.19 n.2 2019
Biota Neotropica
Instituto Virtual da Biodiversidade (BIOTA-FAPESP)
instacron:BIOTA-FAPESP
Popis: The global biodiversity loss is a consensus. The biodiversity conservations shortfalls make conservation of biological diversity even more challenging. For many taxa, the knowledge about their distributions is deficient, and this is called the Wallacean shortfall. This situation is no different within algae biodiversity, especially in Brazil. There is still an enormous inequity of sample effort, as is the case of the Parnaíba River Basin (Northeast region), which had only 10 algal species in published (the lowest number of algal species reported among the main Brazilian basins). The present work had the objective of increasing the knowledge of algal flora in Brazil by conducting a taxonomic study of the stream macroalgal species of the Parnaíba River Basin. The sampling of macroalgae was carried out in 21 segments of streams from the Middle and Lower Parnaíba Basin, in the Piauí and Maranhão states. Macroalgae were manually removed and preserved in 4% formaldehyde. Environmental characteristics of each segment were measured in order to describe the sampling sites. The taxonomic survey of the macroalgal communities resulted in the identification of 38 taxa in total, of which 32 at a specific level; three vegetative groups; two sporophytic stages of red algae and one unidentified species. Among the 38 species recorded, 37 are new records for the Parnaíba River Basin. Following the same pattern, 23 species are new records for the Brazilian Northeast region, and Microcoleus lacustris represented the first report in Brazil. Despite the fact that it remains the Brazilian basin with the lowest number of algal species documented, this study contributed to the increase of almost five times the number of species sampled in the Parnaíba River Basin (from only 10 to 47 species). These data reinforce that the differences presented in algal diversity in the Brazilian regions are more related to the sampling effort than other factors (e.g. environmental characteristics, geographic distribution, biomes, among others). In addition, this survey illustrates not only the group's lack of information in the region but also shows the importance of this type of study as a tool for expanding the knowledge about biodiversity and its conservation. Resumo: A perda de biodiversidade é um consenso. Os déficits de conservação tornam a conservação da diversidade biológica ainda mais desafiadora. Para muitos táxons, o conhecimento sobre suas distribuições é escasso, o que é chamado de Déficit Wallaceano. Essa situação não é diferente quando tratamos da biodiversidade de algas, especialmente no Brasil. Ainda há uma enorme desigualdade no esforço amostral, como é o caso da Bacia Hidrográfica do Rio Parnaíba (região Nordeste), a qual possui apenas 10 espécies de algas (o menor número de espécies de algas dentre as principais bacias brasileiras). O presente trabalho teve como objetivo aumentar o conhecimento da flora algal no Brasil, através da realização de um estudo taxonômico das espécies de macroalgas de riachos da Bacia do Rio Parnaíba. A amostragem das macroalgas foi realizada em 21 segmentos de riachos das Bacias do Médio e Baixo Parnaíba, nos estados do Piauí e Maranhão. As macroalgas foram removidas manualmente e preservadas em formaldeído 4%. Características ambientais de cada segmento foram tomadas com o intuito de descrever a área de estudo. A pesquisa taxonômica das comunidades de macroalgas resultou na identificação de 38 táxons no total, nos quais 32 em nível específico; três grupos vegetativos; dois estágios esporofíticos de algas vermelhas e uma espécie não identificada. Dentre as 38 espécies, 37 delas são novos registros para a Bacia do Rio Parnaíba. Seguindo o mesmo padrão, 23 espécies são novos registros para a região Nordeste, e Microcoleus lacustris representou o primeiro registro para o Brasil. Apesar do fato de permanecer como a bacia brasileira com o menor número de espécies de algas documentadas, este trabalho contribuiu para o aumento de quase cinco vezes o número de espécies amostradas na Bacia do Rio Parnaíba (de apenas 10 para 47 espécies). Estes dados reforçam que as diferenças apresentadas na diversidade algal nas regiões brasileiras estão mais relacionadas com o esforço amostral do que com outros fatores (e.g. características ambientais, distribuição geográfica, biomas, entre outros). Além disso, este trabalho ilustra não só a falta de informação do grupo na região, mas também mostra a importância deste tipo de estudo como ferramenta para expandir o conhecimento sobre a biodiversidade e conservação.
Databáze: OpenAIRE