Importância da cultura fúngica no diagnóstico da dermatofitose em animais de companhia

Autor: Rhuan Paulo de Castro Rodrigues, Raphaella Barbosa Meirelles-Bartoli, Carolina de Alvarenga Cruz, Priscila Gomes de Oliveira, Andréia Vitor Couto do Amaral, Alana Flávia Romani, Dirceu Guilherme de Souza Ramos
Jazyk: angličtina
Rok vydání: 2020
Předmět:
Zdroj: Research, Society and Development, Vol 9, Iss 9 (2020)
ISSN: 2525-3409
Popis: Objetivo: este estudo teve como objetivo verificar a importância da cultura fúngica no diagnóstico conclusivo da dermatofitose em cães e gatos, dada a variabilidade dos sinais dermatológicos e sua natureza infectocontagiosa, que pode acometer seres humanos. Método: realizou-se análise documental retrospectiva, no Hospital Veterinário da Universidade Federal de Jataí, entre 2018 e 2019, dos casos nos quais a dermatozoonose foi listada entre as suspeitas clínicas. Procedeu-se cultura fúngica em laminocultivo com DTM, por meio da deposição em meio de cultura de escamas e pelos quebrados de vários locais suspeitos. Após incubação em temperatura ambiente realizou-se inspeção para detecção da mudança de cor do meio para vermelho e crescimento de colônias, seguido de identificação morfológica de macroconídeos para determinação da espécie. Resultados: dentre os 193 cães atendidos no serviço de dermatologia, 60 (31,1%) tiveram sinais dermatológicos que justificaram a inclusão da dermatofitose entre os diagnósticos diferenciais. Nos 43 felinos, em 17 (39,5%), a dermatofitose foi apontada entre as possíveis suspeitas. Contudo, após cultura fúngica a dermatofitose foi confirmada apenas em 5,7% (11/193) do total de casos atendidos. Em cães representou 2,6% e em gatos 14% das dermatopatias diagnosticadas. Conclusão: a dermatofitose é frequentemente inserida no diagnóstico diferencial de dermatopatias que cursam com lesões alopécicas, descamativas e crostosas. A cultura fúngica é ferramenta fundamental para confirmação da infecção e implementação de medidas terapêuticas assertivas. O M. canis é o dermatófito mais frequente em cães e gatos, o que reforça a necessidade de diagnóstico preciso, em virtude de seu caráter zoonótico.
Databáze: OpenAIRE