Financial fragility of non-financial firms : a critical assessment of the role of leverage in Minsky's theory

Autor: Ítalo Pedrosa Gomes Martins
Přispěvatelé: Silva, Antonio Carlos Macedo e, 1959, Santos, Cláudio Hamilton Matos dos, Lima, Gilberto Tadeu, Pereira, Marcelo de Carvalho, Possas, Mario Luiz, Universidade Estadual de Campinas. Instituto de Economia, Programa de Pós-Graduação em Ciências Econômicas, UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2018
Předmět:
Zdroj: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
instacron:UNICAMP
Popis: Orientador: Antonio Carlos Macedo e Silva Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Economia Resumo: Crises financeiras são recorrentes em economias capitalistas e Hyman P. Minsky se destaca por ser um dos pioneiros contemporâneos em teorizá-las. Uma de suas teorias é chamada de Hipótese de Instabilidade Financeira (HIF) e lida com o setor das firmas. Segundo a HIF, a fragilidade financeira das firmas aumenta ao longo das expansões por conta da maior alavancagem induzida pela elevação do investimento. Diversos autores (seminalmente, Lavoie e Seccareccia, 2001) constataram tensões entre a micro e a macroeconomia da HIF. Refletindo as muitas tensões micro-macro na HIF, há diversas interpretações teóricas sobre como a fragilidade aumentaria durante expansões. Um elemento em comum em muitas versões da HIF é o papel da alavancagem das firmas não financeiras como propelente da fragilidade sistêmica. A tese lida com essas tensões e com o papel da alavancagem como indutor de fragilidade de forma empírica e teórica. No Capítulo 1, desenvolvem-se quais são as versões da HIF encontradas na literatura e, em linha com a variedade de teorias existentes, estuda-se empiricamente a relação entre alavancagem e fragilidade financeira ¿ conceitualizada seguindo a tipologia minskiana (firmas hedge, especulativa e Ponzi) ¿ utilizando-se dados agregados e no nível da firma para a economia dos Estados Unidos (1970-2014). Encontraram-se indícios de que a fragilidade financeira caiu no caso em questão e que a relação entre alavancagem e fragilidade financeira, medida pela frequência de firmas especulativas e Ponzi, não pode ser tida como geral. No Capítulo 2, aprofunda-se o estudo dos determinantes do estado financeiro da firma estimando-se modelos lógite multinomial, também para o caso estadunidense (1970-2014). Constatou-se que a maior parte das variáveis de controle se moveram num sentido favorável à queda da fragilidade no setor das firmas e que ao longo do tempo a elasticidade da fragilidade financeira à alavancagem caiu para a firma mediana. No Capítulo 3 constrói-se um modelo teórico agent-based stock-flow consistent (AB-SFC), integrando aspectos reais e financeiros, micro e macroeconômicos, num quadro de referência essencialmente dinâmico. Analisaram-se as propriedades emergentes do modelo usando-se simulações numéricas e replicações de Monte Carlo: entre outras feições, emergem heterogeneidade de estados financeiros das firmas, flutuação da fragilidade financeira (de curto e de longo prazo) e alternância (de longo prazo) entre regimes minskianos (maior investimento gera maior endividamento agregado) e steindlianos (maior investimento gera menor endividamento agregado). Mostra-se que a distribuição de lucro entre as firmas importa para a estabilidade do sistema, tanto estaticamente (imediatamente para a fragilidade financeira) quanto dinamicamente (devido ao impacto da distribuição dos lucros na dinâmica da alavancagem). No geral, a tese conclui que dificilmente a análise da fragilidade sistêmica pode ser feita olhando-se somente para agregados, se basear-se somente em indicadores de alavancagem (pelo menos no caso das firmas não financeiras), ou se concentrar-se no setor das firmas não financeiras. Ao contrário, a tese sugere que se olhem outros setores institucionais e a interação entre eles Abstract: Financial crises are recurrent in capitalist economies and Hyman P. Minsky stands out as a pioneer and likely one of the most prominent contemporary authors in theorising them. One of his most important theories is usually called Financial Instability Hypothesis (FIH). This theory deals with the non-financial firms sector. According to it, firms¿ financial fragility increase during cycles¿ upswing due to a higher leverage, induced by expanding investment. Along with the seminal critique by Lavoie and Seccareccia (2001), several authors highlight existing tensions between the micro and macro aspects of the FIH. Reflecting those unsolved micro-macro tensions, there are many theoretical interpretations of how financial fragility builds up during expansions. A common element in many interpretations is the role of firms¿ leverage as a driver of fragility. This dissertation deals with such tensions and with leverage¿s linkages with financial fragility, both empirically and theoretically. Chapter 1 discusses specifically the FIH¿s interpretations. Fully in line with the variety of existing interpretations, I study empirically the linkages among leverage and financial fragility ¿ conceptualised according to Minsky¿s typology (hedge, speculative and Ponzi firms) ¿ using a mix of aggregate and firm-level data for the United States (1970-2014). The main findings are that non-financial firms¿ leverage steadily decreased from 1970 onwards, and that a positive relation between leverage and financial fragility cannot be deemed to be general. Chapter 2 deepens the study of the firm-level determinants of financial status by presenting estimates of multinomial logit models, for the same period and economy. The main findings are that most variables changed favourably to reducing firms¿ financial fragility and that the impact of leverage on it gradually fell for the median firm from the 1970s to the 2000s. Chapter 3 presents an agent-based stock-flow consistent (AB-SFC) featuring fully integrated real and financial sectors, firm-level and macro stances, in an essentially dynamic environment. The model is simulated numerically and Monte Carlo replications are performed, so the emerging properties of the model can be dully evaluated. Among the most important emerging properties are firms¿ heterogeneity concerning financial statuses, fluctuations of systemic financial fragility (both in short and long run) and long-run alternations between Minskian (higher investment brings forth higher aggregate leverage) and Steindlain (higher investment is accompanied by lower aggregate leverage). The distribution of profits amongst firms is found to be of utmost importance for the system¿s stability, both in the short-run (immediately for the financial fragility) and in the longer-run (through profit distribution¿s impact on leverage dynamics). The general conclusions of the thesis for the evaluation of systemic fragility are threefold. First, it can hardly be performed solely on an aggregate basis. Second, one should not rely solely (or too much) in leverage¿s dynamics. Third, it should not be restricted to the non-financial firms sector Doutorado Teoria Econômica Doutor em Ciências Econômicas CNPQ 140400/2014-1 CAPES 88881.131494/2016-1
Databáze: OpenAIRE