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Esta resenha da obra Hegel, Marx, Nietzsche o el reino de las sombras (do filósofo francês Henri Lefebvre) aproxima-se, em verdade, de um ensaio, pelo escopo que tomou, para além de uma sintética resenha. Tem-se por objetivo debater e sustentar a complexidade e a continuidade do mundo moderno, que se mantém pelas sombras de duras e paradoxais contradições do passado, via constituição do Estado, o discurso do social e da Sociedade e o ideal civilizacional ou de Civilização. Dimensões modernas que são avaliadas a partir de Hegel, Marx e Nietzsche, autores que dão aporte à ideia de uma geografia do mundo de existências, na qual o novo e a novidade (no viés das técnicas e das ideias) nunca abandonam totalmente o passado, ou seja, não há ruptura completa com a história, sempre renovada pelo espaço enquanto reflexo da interação permanente sociedade-natureza. Aparecem como temários: a concreticidade de práticas radicais revolucionárias entendidas no bojo da História (Marx), a subjetividade inerente ao corpo e às artes, responsáveis por resguardarem a ideia de uma nova Civilização (Nietzsche), e a vitória de um edifício estatal que a tudo e a todos controla (Hegel). Acredita-se na importância deste debate para o pensamento do mundo do presente, no viés dos questionamentos sistematizados favorecedores do repensar criticamente o espaço. |