Desempenho funcional de crianças com paralisia cerebral de níveis socioeconômicos alto e baixo
Autor: | Sueli Galego de Carvalho, Silvana Maria Blascovi-Assis, Elisângela Andrade Assis-Madeira |
---|---|
Rok vydání: | 2013 |
Předmět: | |
Zdroj: | Revista Paulista de Pediatria, Volume: 31, Issue: 1, Pages: 51-57, Published: MAR 2013 Revista Paulista de Pediatria v.31 n.1 2013 Revista Paulista de Pediatria (Ed. Português. Online) Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP) instacron:SPSP |
ISSN: | 0103-0582 |
DOI: | 10.1590/s0103-05822013000100009 |
Popis: | OBJETIVO: Investigar a influência do nível socioeconômico sobre o desempenho funcional de crianças com paralisia cerebral. MÉTODOS: Estudo transversal com abordagem quantitativa. Foram selecionadas 49 crianças com diagnóstico clínico de paralisia cerebral de uma amostra de conveniência, com idades de três a sete anos e meio, de ambos os sexos, classificadas de acordo com o nível de gravidade da paralisia cerebral, com base no Sistema de Classificação da Função Motora Grosseira. Os participantes foram distribuídos em dois grupos de níveis socioeconômicos, alto e baixo, de acordo com o Critério de Classificação Econômica do Brasil. O desempenho funcional foi avaliado com o Inventário de Avaliação Pediátrica de Incapacidade. Foi aplicado o teste t de Student para amostras independentes a fim de comparar as médias entre os grupos. RESULTADOS: O nível socioeconômico não afetou o desempenho funcional de crianças com paralisia cerebral leve. Crianças com paralisia cerebral moderada de classe econômica baixa apresentaram escores da função social inferiores (p=0,027) aos daquelas de classe alta. Crianças com paralisia cerebral grave de nível socioeconômico baixo apresentaram desempenho inferior nas habilidades de autocuidado (p=0,021) e mobilidade (p=0,005). Essas crianças foram mais dependentes em relação à mobilidade (p=0,015) do que as de nível socioeconômico alto. CONCLUSÕES: O nível socioeconômico pode exercer influência no desenvolvimento da criança com paralisia cerebral, devendo ser fator de risco considerado nas ações educacionais e de saúde voltadas a essa população. OBJECTIVE: To investigate the influence of socioeconomic status on the functional performance of children with cerebral palsy. METHODS: Cross-sectional quantitative study of 49 children diagnosed with cerebral palsy from a convenience sample. Children of both genders aged three to seven and a half years were studied. They were classified according to the level of severity of cerebral palsy based on the Gross Motor Function Classification System. Participants were organized in two groups considering their high or low socioeconomic status, according to the Brazilian Economic Classification Criteria. Functional performance was assessed by the Pediatric Evaluation of Disability Inventory. The Student's t-test was applied for independent samples in order to compare means between groups. RESULTS: Socioeconomic status did not affect functional performance of children with mild cerebral palsy. Those with moderate cerebral palsy and low socioeconomic status presented lower social function scores (p=0.027) than those with high socioeconomic status. Children with severe cerebral palsy with low socioeconomic status presented worse performance in self-care skills (p=0.021) and mobility (p=0.005). These children were more dependent regarding mobility (p=0.015) than those with high socioeconomic status. CONCLUSIONS: Socioeconomic status may influence the development process of children with cerebral palsy and must be considered as a risk factor in educational and health practices aimed at this population. OBJETIVO: Investigar la influencia del nivel socioeconómico sobre el desempeño funcional de niños con parálisis cerebral. MÉTODOS: Estudio transversal, con acercamiento cuantitativo. Se seleccionaron 49 niños con diagnóstico clínico de parálisis cerebral de una muestra de conveniencia, con edades entre tres y siete años y medio, de ambos sexos, clasificadas conforme al nivel de gravedad de parálisis cerebral, con base en el Sistema de Clasificación de la Función Motora Grosera. Los participantes fueron distribuidos en dos grupos de niveles socioeconómicos, alto y bajo, conforme al Criterio de Clasificación Económica de Brasil. El desempeño funcional fue evaluado con el Inventario de Evaluación Pediátrica de Discapacidad. Se aplicó la prueba t de Student para muestras independientes a fin de comparar los promedios entre los grupos. RESULTADOS: El nivel socioeconómico no afectó el desempeño funcional de niños con parálisis cerebral liviana. Niños con parálisis cerebral moderada de clase económica baja presentaron escores de la función social inferiores (p=0,027) a los de niños de clase alta. Niños con parálisis cerebral grave de nivel socioeconómico bajo presentaron desempeño inferior en las habilidades de autocuidado (p=0,021) y movilidad (p=0,005). Esos niños fueron más dependientes respecto a la movilidad (p=0,015) que los de nivel socioeconómico alto. CONCLUSIONES: El nivel socioeconómico puede ejercer influencia en el desarrollo del niño con parálisis cerebral, debiendo ser factor de riesgo considerado en las acciones educacionales y de salud dirigidas a esa población. |
Databáze: | OpenAIRE |
Externí odkaz: |