Planejamento e avaliação de estudos de biodisponibilidade relativa para medicamentos genericos
Autor: | Mendes, Gustavo Duarte |
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Přispěvatelé: | De Nucci, Gilberto, 1958, Saraiva, Jose Francisco Kerr, Marangoni, Sergio, Almeida, Eros Antonio de, Ribeiro, Wellington, Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Ciências Médicas, Programa de Pós-Graduação em Clínica Médica, UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS |
Rok vydání: | 2021 |
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Zdroj: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) instacron:UNICAMP |
DOI: | 10.47749/t/unicamp.2007.399522 |
Popis: | Orientador: Gilberto De Nucci Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas Resumo: Os estudos de biodisponibilidade/bioequivalência foram iniciados no Brasil em 1989 e o processo de regulamentação do setor foi iniciado em 1999 pela promulgação da lei de genéricos. A regulamentação do setor tem propiciado grande aumento na qualidade de fabricação dos medicamentos similares e genéricos, já que a realização de estudos de biodisponibilidade visa, em última análise, comprovar a eficácia terapêutica destes medicamentos. O presente trabalho tem por objetivo o planejamento e avaliação de estudos de biodisponibilidade/bioequivalência e desenvolvimento de metodologia analítica para quantificação das amostras para os fármacos avaliados (citalopram, ramipril e gliclazida). Adicionalmente, as avaliações dos estudos visam o aprimoramento dos protocolos de estudos futuros para novas formulações destes fármacos e a menor exposição possível do voluntário, respeitando os referenciais básicos de bioética. Os parâmetros considerados para o desenvolvimento dos protocolos clínicos foram: número adequado de voluntários, sexo dos voluntários, tempos de coleta para caracterização do perfil farmacocinético, forma farmacêutica, intervalo entre as administrações, condição de administração (alimentação/jejum) e metodologia analítica a ser utilizada para o doseamento das amostras. Resultados: 1) Para citalopram, o coeficiente de variabilidade intra-sujeito para Cmax e ASClast foram14.09 e 8.38, respectivamente. 2) Para ramipril, o coeficiente de variabilidade intra-sujeito para Cmax e ASClast foram menor para o metabólito ativo, como esperado para em estudos de bioequivalência, confirmando que os fármacos na forma inalterada são mais discriminativos para estabelecer bioequivalência. 3) Para gliclazida, a média geométrica e intervalo de confiança de 90% para a razão Gliclazida/Diamicron (Irelanda) foram 588.68% (90% CI= 491.16, 705.58%) para ASClast e 1395.77% (90% CI= 1116.62, 1744.72%) para Cmax. A média geométrica e intervalo de confiança de 90% para a razão Gliclazide/Diamicron (Brasil) foram 249.16% (90% CI= 207.96, 298.54%) para ASClast, e 188.04% (90% CI= 151.72, 233.05%) para Cmax. A média geométrica e intervalo de confiança de 90% para a razão Diamicron(Brazil)/Diamicron (Irelanda) foram 236.26% (90% CI= 197.12, 283.17%) para ASClast e 225.21% (90% CI= 175.25, 289.42%) para Cmax. Conclusões: 1) As metodologias analíticas desenvolvidas para ramipril, citalopram e gliclazida foram adequadas para rotinas com grande quantidade de amostras para doseamento, como estudos farmacocinéticos ou de biodisponibilidade. 2) A formulação teste de citalopram é bioequivalente a formulação de referência para velocidade e extensão de absorção. Estudos futuros de citalopram podem ser realizados com menor número (14-16) de voluntários, baseado no baixo coeficiente de variabilidade intra-sujeito. 3) A formulação teste de ramipril também é bioequivalente à formulação de referência para velocidade e extensão de absorção. Estudos futuros de ramipril devem ser realizados pela quantificação do fármaco na sua forma inalterada e coletas de amostras até 10 horas após a administração. 4) Com relação ao estudo de gliclazida, as diferenças entre as formulações teste e referências não demonstram bioequivalência. Interessante, é o fato que as formulações de referência [Diamicron Brasil e Irlanda] não são bioequivalentes entre si, indicando diferenças significativas nas formulações de referência produzidas em países diferentes (neste caso particular, Irlanda e Brasil) Abstract: Bioavailability/bioequivalence studies began in Brazil in 1989 and the regulation of this sector began in 1999 with the promulgation of laws regulating generic medications. The regulations of this sector have been fostering a growth in the production quality of generic and similar medications, since the performance of Bioavailability studies aims, at the end, to prove the efficacy of these medicatons. This work aims at the planning and evaluation of bioavailability/bioequivalence studies, the development of analytical methods for quantifying samples of evaluated pharmaceuticals (citalopram, ramipril and gliclazide). Additionally, this evaluation aims to improve protocols for future studies for new formulations as well as to decrease volunteer exposure to a minimum, respecting basic bioethical principles. The parameters considered for developing the clinical protocols were: the adequate number of volunteers, volunteer gender, sampling times for characterizing the pharmacokinetic profile, pharmaceutical form, interval between administrations, administration conditions such as fasting and non fasting, and the analytical method used for determining sample dosage. Three bioequivalence studies (citalopram, ramipril, gliclazide) were used to demonstrate the parameters considered in developing the clinical protocols. Results: 1) For citalopram, the intra subject CV% for Cmax and AUClast were14.09 and 8.38, respectively. 2) For ramipril, the intra-subject variation (% CV) for both Cmax and AUCs ratios were lower for the active metabolite, as expected in bioequivalence studies, confirming that the parent compounds are more discriminative to establish bioequivalence. 3) For gliclazide, the geometric mean and 90% confidence intervals (CI) for the Gliclazide/Diamicron (Ireland) ratio were 588.68% (90% CI= 491.16, 705.58%) for AUClast and 1395.77% (90% CI= 1116.62, 1744.72%) for Cmax. The geometric mean and 90% confidence intervals (CI) for the Gliclazide/Diamicron (Brazil) ratio were 249.16% (90% CI= 207.96, 298.54%) for AUClast, and 188.04% (90% CI= 151.72, 233.05%) for Cmax. The geometric mean and 90% confidence intervals (CI) for the Diamicron(Brazil)/Diamicron (Ireland) ratio were 236.26% (90% CI= 197.12, 283.17%) for AUClast and 225.21% (90% CI= 175.25, 289.42%) for Cmax. Conclusion: 1) The analytical method developed for ramipril, citalopram and gliclazide were adequate for routines with large quantities of samples, such as pharmacokinetic or bioavailability studies. 2) The citalopram test formulation was bioequivalent to the reference formulation regarding the rate and extent of absorption. Future studies of citalopram can be performed with a lower number of volunteers (14-16), based on the low intra subject CV. 3) Test formulations of ramipril were also bioequivalent to the reference formulation regarding the rate and extent of absorption. Future studies of ramipril need to be performed to quantify the pharmaceutical in its unaltered form alone by collecting samples up until ten 10 hours after administration. 4) Gliclazide was not bioequivalent to its reference formulations. Interestingly, the reference formulations [Diamicron Brazil and Ireland] were not bioequivalent with each other, indicating significant differences in reference formulations produced in different countries Doutorado Clínica Médica Doutor em Clínica Médica |
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