Avaliação da protamina na neutralização da heparina após circulação extracorpórea

Autor: José Teles de Mendonça, Roberto Cardoso Barroso, Rika Kakuda da Costa, José Edivaldo dos Santos, Marcos Ramos Carvalho
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2002
Předmět:
Zdroj: Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery v.17 n.1 2002
Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery
Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular (SBCCV)
instacron:SBCCV
Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery, Volume: 17, Issue: 1, Pages: 54-60, Published: MAR 2002
Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery, Vol 17, Iss 1, Pp 54-60 (2002)
Popis: INTRODUÇÃO: A protamina é o antídoto universalmente usado para neutralizar a heparina no final da circulação extracorpórea; porém não existe até o momento consenso sobre uma dose ideal necessária. OBJETIVO: Avaliar a efetividade da neutralização da heparina, com doses variadas de protamina após circulação extracorpórea, com três protocolos diferentes. CASUÍSTICA E MÉTODOS: Foram randomizados prospectivamente 45 pacientes, no período de abril a agosto de 2000, e divididos em três protocolos: I, II e III, com 15 pacientes cada. O protocolo I avalia a neutralização da heparina, com dose de protamina calculada pela dose inicial de heparina. O protocolo II avalia a neutralização da dose total de heparina usada durante a circulação extracorpórea. O protocolo III avalia a neutralização da dose total de heparina mais um reforço de 30% dessa dose, administrada em veia periférica durante 4 horas. RESULTADOS: No protocolo I, 60% dos pacientes tiveram necessidade de reforço da dose de protamina e 20% apresentaram complicações hemorrágicas, necessitando de reoperação. Desses 20%, um paciente foi a óbito e outro apresentou acidente vascular cerebral; 53% dos pacientes do protocolo II tiveram necessidade de reforço da dose de protamina. Os pacientes dos protocolos II e III não apresentaram complicações hemorrágicas nem reoperações. CONCLUSÕES: 1- A dose de protamina para neutralizar a heparina na proporção menor que 1:1 não é suficiente. Os pacientes necessitam de doses de reforço, apresentam mais complicações hemorrágicas e maior necessidade de transfusões. 2 - A neutralização da heparina com dose de protamina na proporção de 1:1 não é totalmente eficaz; 53% dos pacientes necessitaram de doses complementares nas primeiras horas do pós-operatório. 3 - Uma dose adicional de 30% da dose de protamina na proporção de 1:1 em infusão contínua nas primeiras horas do pós-operatório reduz a perda sangüínea e a necessidade de transfusões. INTRODUCTION: The protamine is the antidote universally used to neutralize the heparin at the end of the cardiopulmonary bypass; however there isn't a consensus about the ideal necessary dosage so far. OBJECTIVE: To evaluate the effectiveness of the neutralization of heparin, with variable dosages of protamine after cardiopulmonary bypass, using three different protocols. MATERIAL AND METHODS: From April to August 2000, 45 patients were randomized prospectively, and divided into three Protocols: I, II e III with 15 patients each. The protocol I evaluates the neutralization of heparin, with dosage of protamine calculated by the initial dosage of heparin. The protocol II evaluates the neutralization of the full dosage of heparin used during cardiopulmonary bypass.The protocol III evaluates the neutrlization of the full dosage of heparin, plus a reinforcement of 30% of this dosage, administered in peripheral vein during four hours. RESULTS: In the protocol I, 60% of the patients had necessity of reinforcement of the dosage of protamine and 20% showed hemorrhagics complications, requiring reoperation. From these 20%, one patient passed away and another had cerebrovascular accident; 53% of the patients of the protocol II had necessity of reinforcement of the dosage of protamine. The patients from protocols II and III didn't have neither hemorrhagics complications nor necessity of reoperation. CONCLUSIONS: 1- The dosage of protamine to neutralize heparin in the proportion less than 1:1, isn't sufficient. The patients that need of doses of reinforcement, have more hemorrhagics complications and greater necessity of blood transfusions. 2 - The neutralization of heparin, with dosage of protamine in the proportion of 1:1 isn't totaly effective; 53% of the pacients needed complementary doses in the frist hours affter surgery. 3 - An additional dose of 30% in the dosage of protame in the proportion of 1:1 in continual infuse in the frist hours after surgery, decreases the loss of blood and the necessity of transfusions.
Databáze: OpenAIRE