Associação entre idade, classe social e hábito de fumar maternos com peso ao nascer

Autor: Uilho Antônio Gomes, Dal Bo Cm, Marco Antonio Barbieri, da Silva Aa, Heloisa Bettiol, Gerson Mucillo
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 1992
Předmět:
Zdroj: Revista de Saúde Pública v.26 n.3 1992
Revista de Saúde Pública
Universidade de São Paulo (USP)
instacron:USP
Revista de Saúde Pública, Vol 26, Iss 3, Pp 150-154 (1992)
Revista de Saúde Pública, Volume: 26, Issue: 3, Pages: 150-154, Published: JUN 1992
Revista de Saúde Pública, Vol 26, Iss 3, Pp 150-154
Popis: Foi realizado inquérito em Ribeirão Preto, Brasil, de junho de 1978 a maio de 1979, que constou de entrevistas com mães de nascidos vivos hospitalares, de partos únicos, correspondendo a 98 % dos nascimentos ocorridos durante o período no Município. O maior percentual de nascimentos com baixo peso ocorreu entre as mães jovens, fumantes e pertencentes às classes trabalhadoras. O maior número de mães jovens foi encontrado também nessas classes. A prevalência do hábito de fumar foi maior nas mães jovens, porém houve pouca diferença na freqüência de mulheres fumantes entre as classes sociais, variando de 25 a 30%. Observou-se que o pencentual de baixo peso foi maior para as mães trabalhadoras não fumantes do que para as mães burguesas fumantes. O modelo logito foi ajustado aos dados para estudo da possível associação múltipla entre hábito de fumar, idade materna e classe social com o peso ao nascer. Os resultados indicaram que hábito de fumar materno, idade materna e classe social foram independentes no seu efeito sobre o peso ao nascer, não se observando interação. Esses achados sugerem que a maior prevalência de baixo peso entre mães não fumantes das classes trabalhadoras em relação às mães fumantes da burguesia provavelmente refletiu a concentração de outros fatores de risco entre as mulheres das classes trabalhadoras, tais como: baixa escolaridade, cuidado pré-natal inadequado, alta paridade, diferenças no comportamento reprodutivo. An epidemiological survey was carried out in Ribeirão Preto, Brazil, from June 1978 to May 1979. Interviews were held with mother of singleton live borne children, delivered in hospitals, which accounted for 98% of all births in the area. The higher percentages of low birthweight children related to the offspring of smokers, young mother and women belonging to the working class. The majority of young women were found in the working class and the prevalence of smoking was higher in the group of women below 20 years of age. There was no statistical difference in the smoking habit as between different social classes. A larger number of low birthweight children were observed in nonsmoking women of the working class than among women smokers of the middle class. A log model was adjusted to the data in order to study the possible multiple association of smoking, maternal age and social class with birthweight. The results indicated that maternal smoking, maternal age and social class had independent effects on birthweight. The was no interaction between them. These findings suggest that the higher prevalence of low birthweight in nonsmoking mothers of the working class in relation to smoking mothers of the middle class probably reflects clustering of other risk factors-such as poor education inadequate prenatal care, high parity and differences in reproductive behavior in women of the working class.
Databáze: OpenAIRE