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Disciplining Music, de Katherine Bergeron e Philip Bohlman, foi um livro icônico em repensar as relações entre o que eram então três campos aparentemente separados: musicologia histórica, etnomusicologia e a própria prática musical. Desde aquele longínquo ano de 1992, o recrudescimento das perspectivas teóricas e experiências de pesquisa nesses e em outros campos se intensificou tanto que essa mesma interação gerou novas oportunidades de reflexão e ação. Este artigo enfoca o potencial da interação entre reflexão e perspectivas historiográficas alternativas, que serão aplicadas ao repertório canônico da música clássica ocidental para mostrar como a existência de uma tradição precisa pode transformar a performance em um laboratório para experimentação de músicos e estudiosos. Tomando como ponto de referência a relação entre o ativismo e performance nos escritos de Richard Schechner e Dwight Conquergood, e a ideia de "desclassificação" moldada por Antonio García Gutiérrez, proponho o conceito de ativismo historiográfico como estrutura específica para possíveis aplicações em Pesquisa Artística para explorar o potencial da música para trazer individual e mudanças coletivas. published |