A dexmedetomidina para sedação, por via venosa, não interfere com a duração dos bloqueios sensitivo e motor da raquianestesia

Autor: Beatriz Vieira Espíndola, Luís Cláudio de Araújo Ladeira, Edno Magalhães, Cátia Sousa Govêia
Jazyk: angličtina
Rok vydání: 2006
Předmět:
Zdroj: Revista Brasileira de Anestesiologia, Vol 56, Iss 1, Pp 01-07 (2006)
Revista Brasileira de Anestesiologia v.56 n.1 2006
Revista Brasileira de Anestesiologia
Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA)
instacron:SBA
Revista Brasileira de Anestesiologia, Volume: 56, Issue: 1, Pages: 01-07, Published: FEB 2006
Repositório Institucional da UnB
Universidade de Brasília (UnB)
instacron:UNB
Popis: JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A anestesia locorregional é uma prática freqüente e de grande aplicabilidade em Anestesiologia. Contudo, o paciente pode tornar-se ansioso, fazendo-se necessária a sedação. Os agentes benzodiazepínicos, opióides e o propofol são amplamente utilizados com este objetivo. Os agonistas alfa2-adrenérgicos possuem propriedades hipnóticas e sedativas e são uma alternativa no arsenal terapêutico, conferindo estabilidade hemodinâmica e mínima depressão respiratória. O objetivo deste estudo foi avaliar a segurança e a interferência do uso da dexmedetomidina ou do midazolam, por via venosa, na duração dos bloqueios motor e sensitivo em raquianestesia. MÉTODO: Foram estudadas 35 pacientes adultas, do sexo feminino, estado físico ASA I e II, submetidas à raquianestesia com bupivacaína a 0,5% hiperbárica (15 mg), para cirurgia ginecológica eletiva, distribuídas de modo aleatório em dois grupos: grupo M (n = 17) - sedação com midazolam em infusão contínua a 0,25 µg.kg-1.min-1 e grupo D (n = 18) - sedação com dexmedetomidina em infusão contínua a 0,5 µg.kg-1.min-1. A velocidade de infusão foi ajustada para manter o valor de BIS entre 60 e 80. Foram analisados os valores de PAS, PAD, FC, SpO2, BIS, extensão e duração dos bloqueios sensitivo motor (escala de Bromage). RESULTADOS: Não houve diferença estatística significativa entre os grupos quanto à idade, peso, nível de bloqueio sensitivo, variação na pressão arterial e freqüência cardíaca e na duração dos bloqueios sensitivo e motor. CONCLUSÕES: A dexmedetomidina utilizada em sedação, por via venosa, não interferiu nos parâmetros hemodinâmicos, duração ou extensão dos bloqueios sensitivo e motor na raquianestesia, representando boa opção para sedação durante anestesia locorregional. BACKGROUND AND OBJECTIVES: The association among local and regional anesthesia is a very useful and common practice. However, some patients may become anxious and require sedation. Benzodiazepines, opioids and propofol are widely used for this aim. Alpha2-adrenergic agonists have hypnotic and sedative properties and represent an alternative to promote hemodynamic stability and minor respiratory depression. This study aimed at evaluating the safety and the interference of intravenous dexmedetomidine or midazolam on sensory and motor block duration spinal anesthesia. METHODS: Thirty five adult female patients, physical status ASA I and II, were submitted to spinal anesthesia with hyperbaric 0.5% bupivacaine (15 mg) for elective gynecologic surgery. The patients were randomized and distributed in two groups: Group M (n = 17) - sedation with 0.25 µg.kg-1.min-1 midazolam continuous infusion and Group D (n = 18) sedation with 0.5 µg.kg-1.min-1 dexmedetomidine continuous infusion. Infusion rate was adjusted to maintain BIS between 60 and 80. The following parameters were evaluated: SBP, DBP, HR, SpO2, BIS sensory and motor block extension and duration (Bromage scale). RESULTS: There were no statistically significant differences between groups in age, weight, sensory block level, blood pressure and heart rate variation and sensory and motor block duration. CONCLUSIONS: Intravenous dexmedetomidine for sedation has not interfered with hemodynamic parameters, spinal anesthesia sensory and motor block duration or extension and it is a good option for sedation during local/regional anesthesia. JUSTIFICATIVA Y OBJETIVOS: La anestesia regional se practica con frecuencia en anestesiología. No obstante, algunos pacientes pueden mostrar ansiedad, necesitando en ese caso sedación. Los benzodiazepínicos, opioides y propofol son ampliamente utilizados para este propósito. Los agonistas alfa 2-adrenérgicos tienen propiedades hipnóticas y sedativas y son una alternativa terapéutica por la estabilidad hemodinámica y mínima depresión respiratoria. El objetivo de este estudio es evaluar la seguridad e interacciones de dexmedetomidina y midazolam por vía intravenosa en la duración del bloqueo sensitivo y motor de la raquianestesia. MÉTODO: Fueron estudiadas 35 pacientes adultas, estado físico ASA I y II, que recibieron raquianestesia con bupivacaína a 0,5% hiperbárica (15 mg), para cirugía ginecológica electiva, distribuidas de modo aleatorio en 2 grupos: grupo M (n = 17) - sedación con midazolam en infusión continua a 0,25 µg.kg-1.min-1 y grupo D (n = 18) - sedación con dexmedetomidina en infusión continua a 0,5 µg.kg-1.min-1. La velocidad de infusión fue ajustada para mantener el valor del BIS entre 60 y 80. Fueron analizados los valores de PAS, PAD, FC, SpO2, BIS, extensión y duración del bloqueo sensitivo motor (escala de Bromage). RESULTADOS: No hubo diferencia estadística entre los grupos en edad, peso, nivel de bloqueo sensitivo y duración bloqueo sensitivo motor, como de la frecuencia cardíaca y presión arterial. CONCLUSIONES: La dexmedetomidina utilizada en sedación, por vía venosa, no alteró los parámetros hemodinámicos, duración o extensión de los bloqueos sensitivo y motor de la raquianestesia, representando una buena opción para sedación durante anestesia regional.
Databáze: OpenAIRE