A filosofia de Hegel à luz da Teoria do romance do jovem Luckács

Autor: Antonio Vieira da Silva Filho
Rok vydání: 2018
Předmět:
Zdroj: Trans/Form/Ação, Volume: 41, Issue: 4, Pages: 75-90, Published: DEC 2018
Trans/Form/Ação, Vol 41, Iss 4, Pp 75-90
ISSN: 1980-539X
0101-3173
DOI: 10.1590/0101-3173.2018.v41n4.05.p75
Popis: Resumo: A partir da Teoria do romance do jovem Lukács, o artigo desenvolve uma discussão com a filosofia de Hegel, no que concerne, de um lado, à herança da dialética histórica hegeliana, presente na Teoria do romance, e, de outro lado, ao distanciamento do autor húngaro das conclusões de Hegel sobre a unidade efetiva entre indivíduo e Estado moderno. A herança hegeliana na obra de Lukács é definidora na sua compreensão da relação imanente e necessária entre forma artística e conteúdo histórico. Para Hegel, a modernidade e a instituição do Estado aparecem como o mais alto índice da liberdade do homem, na história; para Lukács, ao contrário, a modernidade se apresenta como o coroamento da dissonância entre indivíduo e as suas estruturas sociais, processo de separação que se inicia quando o mundo da epopeia é suplantado pela Grécia estatal da tragédia e da filosofia. Abstract: This article discusses the inheritance of the Hegelian historical dialectic present in the young Lukács The theory of the novel, and the distancing of the Hungarian author from Hegel’s conclusions about the effective unity between the individual and modern state. The Hegelian heritage is definitive in Lukács understanding of the immanent and necessary relationship between artistic form and historical content. For Hegel, modernity and state institutions appear as the highest indicators of human freedom in history, whereas for Lukács, on the contrary, modernity is presented as the culmination of alienation between the individual and social structures, an alienating process which begins when the world of the epic is supplanted by the Greek nation-state of tragedy and philosophy.
Databáze: OpenAIRE