Investigando uma interrogação brasileira: relatando 16 casos de febre Q em Minas Gerais, Brasil

Autor: Dirceu Bartolomeu Greco, Paulo Sérgio Gonçalves da Costa, Marco Emilio Brigatte
Jazyk: angličtina
Rok vydání: 2006
Předmět:
Zdroj: Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo, Volume: 48, Issue: 1, Pages: 5-9, Published: FEB 2006
Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo, Vol 48, Iss 1, Pp 5-9 (2006)
Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo; Vol. 48 No. 1 (2006); 5-9
Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo; Vol. 48 Núm. 1 (2006); 5-9
Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo; v. 48 n. 1 (2006); 5-9
Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo
Instituto de Medicina Tropical (IMT)
instacron:IMT
ISSN: 1678-9946
0036-4665
Popis: Q fever has been considered non-existing in Brazil where reports of clinical cases still cannot be found. This case-series of 16 patients is a result of a systematic search for such illness by means of clinical and serologic criteria. Serologic testing was performed by the indirect microimmunofluorescence technique using phase I/II C. burnetii antigens. Influenza-like syndrome was the most frequent clinical form (eight cases - 50%), followed by pneumonia, FUO (fever of unknown origin), mono-like syndrome (two cases - 12.5% each), lymphadenitis (one case - 6.3%) and spondylodiscitis associated with osteomyelitis (one case - 6.3%). The ages varied from four to 67 years old with a median of 43.5. All but one patient had positive serologic tests for phase II IgG whether or not associated with IgM positivity compatible with acute infection. One patient had both phase I and phase II IgG antibodies compatible with chronic Q fever. Seroconvertion was detected in 10 patients. Despite the known limitations of serologic diagnosis, the cases here reported should encourage Brazilian doctors to include Q fever as an indigenous cause of febrile illness. A febre Q continua sendo considerada inexistente no Brasil onde publicações de casos clínicos ainda não são encontráveis. Esta série de casos de 16 pacientes é resultado de uma busca sistemática para esta doença usando-se critérios clínicos e sorológicos. Os testes sorológicos foram realizados pela técnica de microimunofluorescência indireta utilizando-se antígenos de C. burnetii fase I e fase II. Síndrome influenza símile foi a forma clínica mais frequente (oito casos - 50%), seguida pela pneumonia, FOI (febre de origem indeterminada), síndrome mononucleose símile (dois casos - 12,5% cada) e por fim linfoadenite (um caso - 6,3%) e espondilodiscite associada à osteomielite (um caso - 6,3%). As idades variaram de quatro a 67 anos com mediana de 43,5. Todos os pacientes, com exceção de um, tinham testes sorológicos positivos para IgG anti fase II, associado ou não a IgM anti fase II, compatíveis com infecção aguda. Um paciente tinha tanto anticorpos IgG anti fase I quanto anti fase II compatíveis com febre Q crônica. Soroconversão foi detectada em 10 pacientes. A despeito das conhecidas limitações do diagnóstico sorológico os casos aqui relatados devem encorajar os médicos brasileiros a incluir a febre Q como causa nativa de doença febril neste país a ser pesquisada.
Databáze: OpenAIRE