Diclofenaco por vía muscular o rectal asociado con bajas dosis de morfina subaracnóidea para analgesia pós-operatoria en cesáreas

Autor: José Carlos Almeida Carvalho, Silvia Maria Machado Tahamtani, Mônica Maria Siaulys Capel Cardoso
Jazyk: angličtina
Rok vydání: 2002
Předmět:
Zdroj: Revista Brasileira de Anestesiologia, Vol 52, Iss 6, Pp 666-672 (2002)
Revista Brasileira de Anestesiologia v.52 n.6 2002
Revista Brasileira de Anestesiologia
Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA)
instacron:SBA
Revista Brasileira de Anestesiologia, Volume: 52, Issue: 6, Pages: 666-672, Published: NOV 2002
ISSN: 0034-7094
Popis: JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: O diclofenaco tem sido utilizado em combinação com opióides por via subaracnóidea no controle da dor pós-operatória; entretanto, a melhor forma de sua administração não é conhecida. Este estudo avaliou a qualidade da analgesia pós-operatória de diferentes esquemas de administração de diclofenaco, em pacientes submetidas à cesariana sob raquianestesia com bupivacaína e morfina. MÉTODO: Após o final da cirurgia, as pacientes foram distribuídas aleatoriamente em três grupos que receberam diclofenaco como se segue: G50VR (n=62), 50 mg por via retal; G50IM (n=62), 50 mg por via muscular e G75IM (n=62), 75 mg por via muscular. A dor foi avaliada com uma escala analógica visual de 0-10 cm (EAV) a cada 30 minutos nas primeiras seis horas e meperidina, via venosa, foi administrada como medicação de resgate sempre que a EAV fosse igual ou maior que 3 cm. RESULTADOS: No intervalo entre 30 e 150 minutos após a administração do diclofenaco, a média da intensidade de dor no grupo G50VR (0,9 ± 1,4; 1,4 ± 1,4; 1,3 ± 1,5; 1,3 ± 1,2 e 1,5 ± 3,3 cm) foi maior quando comparada com as do G50IM (0,4 ± 0,8; 0,5 ± 0,8; 0,7 ± 1,0; 0,7 ± 1,1 e 0,7 ± 1,1 cm) e G75IM (0,4 ± 0,8; 0,7 ± 1,3; 0,7 ± 1,1; 0,8 ± 1,2 e 0,7 ± 1,0 cm). A necessidade de meperidina de resgate (43,5%) e o consumo total de meperidina (21,3 ± 28,9 mg) foram maiores no G50VR, quando comparados com G50IM (21% e 8,2 ± 18,2 mg) e G75IM (19,4% e 6,8 ± 16,7 mg). CONCLUSÕES: Quando combinada com baixas doses de morfina subaracnóidea, a administração do diclofenaco por via muscular promove melhor analgesia pós-operatória que por via retal. Além disso, parece haver um efeito teto para esta droga, já que não se observam vantagens com doses superiores a 50 mg por via muscular. BACKGROUND AND OBJECTIVES: Diclofenac has been used in combination with spinal opioids to control postoperative pain; however, the best regimen of its administration is not known. This study evaluated the quality of postoperative analgesia of different regimens of diclofenac administration, in patients submitted to Cesarean section under spinal anesthesia with bupivacaine and morphine. METHODS: After the end of surgery, patients were randomly allocated into three groups that received diclofenac as follows: G50VR(n=62), 50 mg rectally; G50IM(n=62), 50 mg intramuscularly and G75IM (n=62), 75 mg intramuscularly. Pain was evaluated with a 0-10 cm visual analog scale (VAS) every 30 minutes for six hours and rescue intravenous (iv) meperidine was administered whenever VAS ≥ 3 cm. RESULTS: In the interval between 30 and 150 min after diclofenac administration, mean pain scores in G50VR (0.9 ± 1.4; 1.4 ± 1.4; 1.3 ± 1.5; 1.3 ± 1.2 and 1.5 ± 3.3 cm) were higher as compared to G50IM (0.4 ± 0.8; 0.5 ± 0.8; 0.7 ± 1.0; 0.7 ± 1.1 and 0.7 ± 1.1cm) and G75IM (0.4 ± 0.8; 0.7 ± 1.3; 0.7 ± 1.1; 0.8 ± 1.2 and 0.7 ± 1.0 cm). The need for rescue meperidine (43.5%) and total meperidine consumption (21.3 ± 28.9 mg) were higher in G50VR as compared to G50IM (21% and 8.2 ± 18.2 mg) and G75IM (19.4% and 6.8 ± 16.7 mg) respectively. CONCLUSIONS: When associated with low doses of spinal morphine, intramuscular diclofenac offers better postoperative analgesia than the rectal route. Additionally, a ceiling effect is probably present for this drug, as no advantages were observed with doses larger than 50 mg intramuscularly. JUSTIFICATIVA Y OBJETIVOS: El diclofenaco ha sido utilizado en combinación con opioides por vía subaracnóidea en el control del dolor pós-operatorio; mientras que, la mejor forma de su administración no es conocida. Este estudio evaluó la calidad de la analgesia pós-operatoria de diferentes esquemas de administración de diclofenaco, en pacientes sometidas a cesárea bajo raquianestesia con bupivacaína y morfina. MÉTODO: Después del final de la cirugía, las pacientes fueron distribuidas aleatoriamente en tres grupos que recibieron diclofenaco como se sigue: G50VR (n=62), 50 mg por vía rectal; G50IM (n=62), 50 mg por vía muscular y G75IM (n=62), 75 mg por vía muscular. El dolor fue evaluado con una escala analógica visual de 0-10 cm (EAV) a cada 30 minutos en las primeras seis horas y meperidina, vía venosa, fue administrada como medicación de rescate siempre que la EAV fuera igual o mayor que 3 cm. RESULTADOS: En el intervalo entre 30 y 150 minutos después de la administración de diclofenaco, la media de la intensidad de dolor en el grupo G50VR (0,9 ± 1,4; 1,4 ± 1,4; 1,3 ± 1,5; 1,3 ± 1,2 y 1,5 ± 3,3 cm) fue mayor cuando comparada con las del G50IM (0,4 ± 0,8; 0,5 ± 0,8; 0,7 ± 1,0; 0,7 ± 1,1 y 0,7 ± 1,1 cm) y G75IM (0,4 ± 0,8; 0,7 ± 1,3; 0,7 ± 1,1; 0,8 ± 1,2 y 0,7 ± 1,0 cm). La necesidad de meperidina de rescate (43,5%) y el consumo total de meperidina (21,3 ± 28,9 mg) fueron mayores en el G50VR, cuando comparados con G50IM (21% y 8,2 ± 18,2 mg) y G75IM (19,4% y 6,8 ± 16,7 mg). CONCLUSIONES: Cuando combinada con bajas dosis de morfina subaracnóidea, la administración de diclofenaco por vía muscular promueve mejor analgesia pós-operatoria que por vía rectal. Después de eso, parece haber un efecto techo para esta droga, ya que no se observan ventajas con dosis superiores a 50 mg por vía muscular
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