FESTE FEIERN IN DEUTSCHLAND IN DEN BRIEFEN EINER BRASILIANERIN: INTERKULTURELLER SENSIBILISIERUNGSFLUSS UND DAS LEHREN VON PORTUGIESISCH ALS ZWEITSPRACHE FÜR AUSLANDER

Autor: ADRIANA BORGERTH VIAL CORRÊA LIMA
Přispěvatelé: ROSA MARINA DE BRITO MEYER, ROBERTA CRISTINA SOL FERNANDES STANKE, EBAL SANT ANNA BOLACIO FILHO, ADRIANA FERREIRA DE SOUSA DE ALBUQUERQUE
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2021
Zdroj: Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell)
Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO)
instacron:PUC_RIO
Popis: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO Diese Arbeit erkennt und beschreibt den Prozess der Sensibilisierung fur interkulturelle Unterschiede durch den kulturellen Charakterzug Feste feiern, der in geschriebenen Briefen der Forscherin, die als Beobachterin und Agentin im Bereich der Autoethnografie an dieser Studie teilgenommen hat, an ihre Familienmitglieder in Brasilien während ihres Aufenthalts in Deutschland zu lesen ist. Die theoretische Grundlage dieser Arbeit basiert auf Konzepten der Kultur (Bennett, 1998; Hofstede, 2001; Altmayer, 2002, 2010) und Interkulturalität (Lewis, 2006; Bennett, 1998, 2004), sowohl auf der Theorie der Reiseberichte (Cronin, 2000; Bassnett, 1998, 2007; Agorni, 2002), als auch auf der Konzeptualisierung des persönlichen Briefs (Marcuschi, 2002, 2003; Haroche-Bouzinac, 2016) und sprachlichen Ressourcen (Mira Mateus et al., 1983; Bagno, 2016; Ilari, 2012[2002]; Halliday, 2000[1994]). Die Ziele dieser Untersuchung sind i) drei verschiedene Feste – ein Volksfest, Karneval; ein religioses Fest, Ostern; und ein Familienfest, der Kindergeburtstag – aus interkultureller Sicht zu analysieren, indem die Briefe als Reiseberichte berucksichtgt werden, ii) die Annäherung oder die Distanzierung zwischen brasilianischer und deutscher Kultur kontrastierend mit dem Charakterzug Feste feiern einzuschatzen, iii) den Beitrag der in den Briefen verwendeten sprachlichen Ressourcen zur Untersuchung des Sensibilisierungsprozesses der Forscherin für die deutsche Kultur zu erforschen, iv) diesen Prozess zu beschreiben, und schlieBlich v) ein Modell der interkulturellen Sensibilisierung aufzubauen. Die methodische Strategie der Datenanalyse hat einen qualitativ-interpretativen dokumentarischen autoetnografischen (Ellis, Adams und Bochner, 2011[2010]; Versiani, 2002) Charakter, und die Ergebnisse dieser Analyse bestatigen den deutlichen Unterschied des kulturellen Charakterzugs Feste feiern in jeder Kultur und zusatzlich stellen fest, dass sich ihre Mitglieder durch diesen Unterschied kulturell bedingt verhalten. Diese Ergebnisse zeigen auch, dass die im Text der Briefe verwendeten sprachlichen Ressourcen den Prozess der Sensibilisierung fur die interkulturellen Unterschiede der Forscherin umreiBen und eine Beschreibung dieses Prozesses begunstigen. Daraufhin folgt der Aufbau eines Modells zur Analyse des Prozesses der Sensibilisierung für interkulturelle Unterschiede – der Interkultureller Sensibiliesierungsfluss (FSI) –, der dieses Modell als Instrument zur Einstufung interkultureller Erfahrungen bezeichnet. Der FSI geschieht auf unvorhersehbare Weise auf einem Kontinuum entlang mit sechs Stufen – drei in ethnozentrischen und weitere drei in ethnorelativen Stufen – manchmal mit Pausen in den Stufen, manchmal in flieBenden Bewegungen zwischen ihnen und taucht bei dem Kontakt zwischen zwei Kulturen im Raum der kulturellen Begrenztheit des Individuums auf. Daher ist er ein einzigartiger und individualisierter Prozess des interkulturellen Aufbaus mit gegenseitigem Einfluss auf diese Kulturen in Kontakt, auch wenn sie sich auf verschiedenen und nicht verwandten Ebenen befinden, deren Umfang und Tiefe eindeutig personalisiert sind. Demnach dient der FSI dem Lehrer einer Fremdsprache, der den Fremdsprache-Lehr- und Lernprozess vermittelt, als Einstufungsinstrument der interkulturellen Erfahrungen, um bei seinem Lernenden die Sensibilisierung fur die Unterschiede der Kultur zu fordern, in die er / sie eintaucht. Dann ist der FSI geeignet, didaktische Vorschlage zu begrunden, die interkulturelle Aspekte berucksichtigen, damit er zu einer konsequenten Praxis im Bereich der interkulturellen Sensibilisierung der Lernende nicht nur im Portugiesisch als Fremdsprache-Unterricht für Lernende germanischer Herkunft, sondern auch fur Fremdsprachenunterricht im Allgemeinen beitragt. Este trabalho identifica e descreve o processo de sensibilização às diferenças interculturais a partir do traço cultural comemoração de festas, presente em cartas escritas pela pesquisadora-participante para seus familiares no Brasil, durante sua estada na Alemanha. Está fundamentado em conceitos de Cultura (Bennett, 1998; Hofstede, 2001; Altmayer, 2002, 2010) e no Interculturalismo (Lewis, 2006; Bennett, 1998, 2004), na teoria dos relatos de viagem (Cronin, 2000; Bassnett, 1998, 2007; Agorni, 2002), além de se apoiar em conceitos de carta pessoal (Marcuschi, 2002, 2003; Haroche-Bouzinac, 2016) e recursos linguísticos (Mira Mateus et al., 1983; Bagno, 2016; Ilari, 2012; Halliday, 2000[1994]). Os objetivos do presente estudo são i) analisar três festas distintas – uma festa popular, o carnaval; uma festa religiosa, a Páscoa; e uma festa familiar, o aniversário infantil –, sob a perspectiva interculturalista, considerando os excertos das cartas como relatos de viagem, ii) avaliar contrastivamente a aproximação ou distanciamento entre as culturas brasileira e alemã, através do traço comemoração de festas, iii) examinar a contribuição de recursos linguísticos empregados nas cartas do corpus para investigar o processo de sensibilização da pesquisadora-participante à cultura alemã, iv) descrever esse processo e, por fim, v) construir um modelo de sensibilização intercultural. A estratégia metodológica adotada para a análise dos dados na presente pesquisa tem cunho autoetnográfico (Ellis, Adams e Bochner, 2011[2010]; Versiani, 2002) documental qualitativo-interpretativo e os resultados obtidos dessa análise confirmam a diferença marcada do traço cultural comemoração de festas em cada cultura, além de constatar que seus integrantes se comportam de maneira culturalmente condicionada por essa diferença. Esses resultados também evidenciam que os recursos linguísticos usados no texto das cartas delineiam o processo de sensibilização às diferenças interculturais da pesquisadora-participante, e propiciam a descrição desse processo. Em decorrência disso, a construção de um modelo para a análise do processo de sensibilização às diferenças interculturais ao longo de um contínuo – o Fluxo de Sensibilização Intercultural (FSI) – o identifica como ferramenta de classificação de experiências interculturais. O FSI não se dá de modo previamente determinado ao longo do contínuo definido por seis etapas – três em estágios etnocêntricos e outros três, em etnorrelativos –, mas sim em pausas nessas etapas combinadas com movimentos fluidos entre elas, e ocorre no espaço de liminaridade cultural do indivíduo, que surge no contato entre duas culturas. Portanto, é um processo único e individualizado de construção intercultural, com influência recíproca sobre essas culturas em contato, mesmo que em níveis distintos e não interrelacionados, cujo alcance e profundidade são claramente personalizados. Diante disso, o FSI serve ao professor de língua estrangeira (LE), mediador do processo de ensino e aprendizagem de LE, como instrumento para estimular em seu falante-aprendiz a sensibilidade às diferenças da cultura em que está imerso. Logo, é indicado para fundamentar propostas didáticas que considerem aspectos interculturais, concorrendo para uma prática mais eficaz no âmbito da sensibilização intercultural do falante-aprendiz, no ensino não só de Português como Segunda Língua para Estrangeiros (PL2E) de origem germânica, como também de LE, em geral.
Databáze: OpenAIRE