Avaliação de pacientes vítimas de trauma cranioencefálico com sinais de intoxicação alcoólica

Autor: Andressa Ceccon, Angela Cirlei Grzelczak, Silvania Klug Pimentel, Camila Roginski Guetter
Jazyk: angličtina
Rok vydání: 2019
Předmět:
Zdroj: Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, Vol 46, Iss 5 (2019)
Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões v.46 n.5 2019
Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões
Colégio Brasileiro de Cirurgiões (CBC)
instacron:CBC
Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, Volume: 46, Issue: 5, Article number: e20192272, Published: 25 NOV 2019
ISSN: 1809-4546
Popis: RESUMO Objetivo: avaliar, em vítimas de traumatismo cranioencefálico, a influência da intoxicação alcoólica no tempo para submissão destes pacientes à tomografia de crânio, comparando também os achados tomográficos nos pacientes alcoolizados e não alcoolizados. Métodos: estudo retrospectivo de 183 pacientes com traumatismo cranioencefálico, divididos em dois grupos: 90 alcoolizados e 93 não alcoolizados. Foi calculado o intervalo de tempo desde a chegada do paciente ao pronto socorro até a realização da tomografia para comparação entre os grupos, e analisados os achados tomográficos. Resultados: no grupo alcoolizado, o percentual de pacientes do sexo masculino foi maior, a idade predominante situava-se entre os 31 e os 40 anos, a agressão foi o mecanismo de trauma mais frequente e estes pacientes apresentaram valores mais baixos na escala de coma de Glasgow. Observou-se que não houve diferença estatística entre os dois grupos quanto ao intervalo de tempo para realização de tomografia, bem como, em relação aos achados tomográficos. Além disso, nos pacientes alcoolizados, quando correlacionados os valores da escala de coma de Glasgow com o intervalo de tempo, não houve diferença entre valores de 13 a 15 (traumatismo cranioencefálico leve) e os iguais ou menores do que 12 (traumatismo cranioencefálico moderado e grave). Conclusão: os sinais de intoxicação alcoólica não influenciaram no intervalo de tempo para realização da tomografia. Os pacientes alcoolizados apresentaram escores mais baixos na escala de coma de Glasgow por efeito direto do álcool e não por uma maior prevalência de achados tomográficos. ABSTRACT Objetive: to evaluate the influence of alcohol intoxication in the time to perform head computed tomography and tomographic findings in traumatic brain injury patients. Methods: a retrospective study of 183 traumatic brain injury patients, divided into two groups: 90 alcoholics and 93 non-alcoholics. Time interval from patient’s arrival at emergency room to tomography was calculated for comparison between the groups, and tomographic findings were analyzed. Results: in the alcoholic group, the percentage of male patients was higher, the predominant age was between 31 and 40 years, aggression was the most frequent trauma mechanism, and these patients showed lower values on the Glasgow coma scale. It was observed that there was no statistical difference between the two groups regarding the time interval for tomography execution, as well as regarding the tomographic findings. In addition, in the alcoholic patients, when the Glasgow coma scale values were correlated with the time interval, there was no difference from scores 13 to 15 (mild traumatic brain injury) and those equal to or inferior than 12 (moderate and severe traumatic brain injury). Conclusion: signs of alcoholic intoxication did not influence the time interval for tomography execution. Patients under alcohol influence showed lower scores on the Glasgow coma scale due to the direct effect of alcohol and not due to a higher prevalence of tomographic findings.
Databáze: OpenAIRE