Técnica de pull-back para implante de stent em lesões de bifurcação com envolvimento único do óstio do ramo lateral: avaliação dos resultados iniciais e aos seis meses pós-implante

Autor: Luciano Maurício de Abreu Filho, Alessandro Pina Pedroso, Jose Del Carmen Solano Aliaga, Desiderio Favarato, Marcos Kiyoshi Sumita, George César Ximenes Meireles, Antonio Artur da Cruz Forte
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2008
Předmět:
Zdroj: Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva, Volume: 16, Issue: 1, Pages: 44-49, Published: 2008
Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva v.16 n.1 2008
Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva
Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI)
instacron:SBHCI
Popis: INTRODUÇÃO: Lesões coronárias em bifurcação ainda representam um desafio ao tratamento percutâneo, com sucesso do procedimento abaixo do esperado e altas taxas de reestenose. A técnica de pull-back é uma opção no tratamento de lesões coronárias de bifurcações que apresentam acometimento isolado do óstio de ramos laterais, embora seus resultados a médio prazo ainda não sejam conhecidos. O objetivo deste estudo foi avaliar os resultados angiográficos iniciais e aos seis meses com essa técnica em nossa casuística. MÉTODO: A técnica consiste no posicionamento de duas guias, seguido do stent no ramo lateral e do balão no vaso principal encobrindo a origem do ramo. Após a insuflação do balão no vaso principal, o stent é tracionado em direção ao vaso principal até contato com o balão e, então, liberado. RESULTADOS: Foram tratados 37 pacientes consecutivos. Os ramos diagonais foram os mais freqüentemente abordados (70,3%). O diâmetro de referência dos ramos laterais foi de 2,51 ± 0,37 mm e a extensão da lesão, de 11,1 ± 3,7 mm. A pressão de liberação dos stents no ramo lateral foi de 12,8 ± 1,9 atm e a pressão de insuflação do balão no vaso principal, de 7,8 ± 0,9 atm. O sucesso do implante ocorreu em todos os procedimentos. Foram submetidos a coronariografia tardia 22 (59,5%) pacientes, tendo sido observada reestenose no ramo lateral em nove (40,9%) pacientes e desenvolvimento de lesões > 50% no vaso principal em sete (31,8%). CONCLUSÃO: Lesões isoladas localizadas no óstio de ramos laterais tratadas com stent pela técnica de pull-back apresentaram elevadas taxas de sucesso do procedimento. No seguimento a médio prazo, entretanto, observou-se elevada taxa de reestenose no ramo lateral e alto risco de desenvolvimento de uma nova obstrução no vaso principal. INTRODUCTION: Bifurcated coronary lesions are still a challenge to the percutaneous treatment, with a lower than expected success rate and high rates of restenosis. The pull-back technique is an option for the treatment of coronary lesions in bifurcations that compromises exclusively the ostium of lateral branches, but its middle term results are still not known. The aim of this study is to assess the initial and 6-month angiographic results of this technique in our casuistic. METHOD: The technique consists in the positioning of two guide-wires, followed by the stent in the lateral branch and the balloon in the main vessel, covering the origin of the branch. After insufflating the balloon in the main vessel, the stent is pulled back towards the main vessel until it touches the balloon, and then implanted. RESULTS: Thirty-seven consecutive patients were treated. The diagonal branches were the most commonly treated (70.3%). The reference diameter of the lateral branches was 2.51 ± 0.37 mm and the extension of the lesion 11.1 ± 3.7 mm. The release pressure of the stents within the lateral branch was 12.8 ± 1.9 atm and the insufflation pressure of the balloon in the main vessel was 7.8 ± 0.9 atm. The stent was successfully implanted in all procedures. Twenty-two (59.5%) patients were submitted to late coronariography and restenosis was observed in the lateral branch in 9 (40.9%) patients, and the development of lesions > 50% in the main vessel was observed in 7 (31.8%) patients. CONCLUSION: Isolated lesions found in the ostial of lateral branches treated with the "pull-back" stent implantation technique presented high rates of procedural success. However, in the middle term follow-up, a high restenosis rate in the lateral branch was observed, as well as a high risk of developing a new obstruction in the main vessel.
Databáze: OpenAIRE