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Resumo: Neste artigo, analisamos de que forma a organização das pessoas LGBTI+ resultou em políticas destinadas a essa população no interior dos presídios cearenses. A partir do trabalho de campo etnográfico e da análise dos fanzines produzidos no interior das prisões, abordamos a presença de “facções” disputando com o Estado a (co)gestão das prisões e as relações de poder e hierarquia entre presos mobilizados pelas noções correntes de virilidade, heterossexualidade e violência. Neste cenário de tensão, a produção de fanzines tornou-se uma importante materialidade histórica e política, marcando a emergência de um organismo de coalizão entre os LGBTI+ e configurando-se em um instrumento por meio do qual se reivindica um lugar de sujeito de direitos. Abstract: This article analyzes how the organization of LGBTI+ people resulted in policies aimed at this population within the prisons of Ceará. From the ethnographic fieldwork and the analysis of fanzines produced inside the prisons, I approach the presence of “factions” disputing with the State the (co)management of prisons and the relations of power and hierarchy among prisoners mobilized by current notions of virility, heterosexuality and violence. In this tense scenario, the production of fanzines has become an important historical and political materiality, marking the emergence of a coalition body between the LGBTI+ and configuring an instrument through which a place as a subject of rights is claimed. Resumen: Este artículo analiza cómo la organización de personas LGBTI + resultó en políticas dirigidas a esta población dentro de las cárceles de Ceará. Desde el trabajo de campo etnográfico y el análisis de los fanzines producidos al interior de las cárceles, abordo la presencia de “facciones” que disputan con el Estado la (co)gestión de las cárceles y las relaciones de poder y jerarquía entre los presos movilizados por las nociones actuales de virilidad, heterosexualidad y violencia. En este tenso escenario, la producción de fanzines se ha convertido en una importante materialidad histórica y política, marcando el surgimiento de un organismo de coalición entre las LGBTI + y configurando un instrumento a través del cual se reivindica un lugar como sujeto de derechos. |