Utilização de fios de sutura com células tronco mesenquimais de tecido adiposo aderidas

Autor: Volpe, Bruno Bosch, 1988
Přispěvatelé: Luzo, Ângela Cristina Malheiros, 1958, Bustorff-Silva, Joaquim Murray, 1957, Tannuri, Ana Cristina Aoun, Oliveira Filho, Antonio Gonçalves de, Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Ciências Médicas, Programa de Pós-Graduação em Ciências da Cirurgia, UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS
Rok vydání: 2021
Předmět:
Zdroj: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
instacron:UNICAMP
DOI: 10.47749/t/unicamp.2013.912237
Popis: Orientadores: Ângela Cristina Malheiros Luzo, Joaquim Murray Bustorff Silva Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas Resumo: As fístulas enterocutâneas (FE) são de difícil cicatrização e seu tratamento cirúrgico frequentemente falha, fazendo com que a fistula volte a abrir. Estudos recentes têm demonstrado que a terapia celular pode ser uma nova forma de tratamento nesta área. As células tronco mesenquimais (MSCs) são capazes de se auto- renovar tem alta capacidade proliferativa, podendo se diferenciar em várias linhagens celulares. Ainda apresentam capacidade imunomodulatória. A medula óssea, o sangue de cordão umbilical e o tecido adiposo são as principais fontes de MSCs. O tecido adiposo (TA) é de fácil acesso, sendo que o procedimento de lipoaspiração é um procedimento comum. O tratamento de fístulas enterocutâneas com AT-MSCs já foi testado algumas vezes, porém a fístula em sua grande maioria não se fecha totalmente. O objetivo deste estudo foi analisar o potencial terapêutico das MSCs aderidas a fios de sutura no intuito de melhorar a cicatrização e recuperação no tratamento de FE. O TA foi obtido através do procedimento de lipoaspiração. O TA foi submetido ao processo de digestão com colagenase. As células ficaram em meio de cultura DMEM com baixa glicose e com SFB durante 3 dias. Quando atingiram 80% de confluência, as células aderentes foram tratadas com tripsina e ressuspendidas com o meio citado acima. Na 4ª passagem essas células foram caracterizadas com citometria de fluxo, microscopia confocal e diferenciadas nas três linhagens mesodérmicas para confirmação que realmente são MSCs. Após, a confirmação de que as células eram realmente células tronco mesenquimais, elas foram aderidas em fios de sutura de poliglactina (4-0 Poly Vicryl / Poliglactina 910). Foram gotejadas 106 MSCs em cima de cada fio de sutura e logo em seguida foi adicionada a cola de fibrina (20uL Fibrinogênio, 30uL Trombina e 10uL Cloreto de Cálcio) para ajudar na fixação das células. Os fios de sutura com MSCs aderidas ficaram em meio de cultura durante 24 horas para proliferação celular. As amostras foram analisadas por microscopia confocal de imnunofluorescência e eletrônica de varredura. O experimento animal utilizou ratos Wistar com 10 semanas de vida que foram distribuídos em três grupos: Grupo Controle (GC) que incluiu 5 animais onde a formação da fístula foi através de cirurgia sem nenhum tipo de suporte. Grupo Injeção (GI) que incluiu 8 animais que receberam uma injeção de 106 AT-MSCs ao redor do local de formação da fístula. Grupo Sutura (GS) que incluiu 9 animais que receberam sutura de 4-0 Vicryl (poliglactina) com 106 AT-MSCs aderidas com a ajuda de cola de fibrina. Após a exposição do ceco foi realizada enterotomia de 5mm, sendo então realizada a sutura da abertura a abertura da parede abdominal (superfície interna da pele) com 4 pontos separados com 4-0 Vicryl - Poly J-304 Polyglactin 910. No grupo GS, o fio para confecção da fístula, como descrita acima, continha 106 AT-MSCs aderidas. As fístulas foram fotografadas no dia da cirurgia e no 3°, 6°, 9°, 12°, 15°, 17°, 19° e 21° dias, onde foram anestesiados e sacrificados. O tamanho da área da fístula foi mensurado através do software ImageJ. Foram utilizados dois métodos estatísticos para analisar os dados do modelo animal. O primeiro método foi o Two-way Anova, fazendo a análise comparativa da cicatrização entre os três grupos, e o segundo o One-way analysis of variance, fazendo a análise comparativa da cicatrização entre os três grupos nos dias D0, D12 e D21. As microscopias confocal de imunofluorescência e eletrônica de varredura demonstraram a presença de AT-MSCs aderidas aos fios de sutura. No experimento animal mostrou que a média de redução do tamanho da área da fístula no 21º dia foi de 46,54% no GC, 71,80% no GI e 90,34% no GS (p
Databáze: OpenAIRE