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Este ensaio enceta uma discussão em torno do protocolo experimental chamado 'grille', desenvolvido na clínica La Borde fundada por Jean Oury em 1952. O ensaio aborda o projecto da psicoterapia institucional refletido na grade. Oferece uma visão da grade como um instrumento de criação coletiva contínua da instituição de cuidado, com efeitos terapêuticos para todas as pessoas envolvidas, desde o pessoal até aos residentes e monitores. Descrevendo como a grade funcionava através da criação de ligações entre o material e o semiótico, o mental e o organizacional, o social e o ambiental, com o efeito de não só singularizar a trajetória da própria instituição, mas também daqueles que nela vivem, o ensaio salienta a importância dos processos analíticos institucionais em projectos emancipatórios. AbstractThis text presents a close discussion of the experimental protocol called ‘grid’ as developed at the clinic La Borde founded by Jean Oury in 1952. The paper teases out the institutional psychotherapy project reflected in the grid. It offers a view of the grid as an instrument of continuous collective creation of the institution of care, with therapeutic effects to all persons involved, from staff to residents and monitors. Describing how the grid worked by the creation of connections between the material and the semiotic, the mental and the organisational, the social and the environmental, to the effect of not only singularising the trajectory of the institution itself, but also of those living in it, the paper highlights the importance of institutional analytical processes in emancipatory projects. |
