Metisergida como profilaxia de migrânea e cefaleia em salvas, e a possível ocorrência de fibrose retroperitoneal: relato de casos

Autor: Daniela Lino Macedo, Ariovaldo Alberto da Silva Junior, Rodrigo Santiago Gomez, Denise da Silva Freitas, Priscila Amorim Soares, Antônio Lúcio Teixeira
Jazyk: angličtina
Předmět:
Zdroj: Revista Dor, Vol 13, Iss 3, Pp 277-281
ISSN: 2317-6393
1806-0013
Popis: JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Metisergida e farmaco de eficacia comprovada na profilaxia tanto da migrânea quanto da cefaleia em salvas, embora possa predispor a fibrose (< 1%). O objetivo deste estudo foi relatar dois casos de cefaleia primaria de dificil controle, satisfatoriamente conduzidos com metisergida, que precisou ser interrompida por suspeita de fibrose retroperitoneal (FR). RELATO DOS CASOS: A metisergida foi utilizada, com sucesso, como profilatico de migrânea e cefaleia em salvas em paciente de 69 anos, sexo feminino, e de 58 anos, sexo masculino, respectivamente, ambos refratarios aos farmacos de primeira e segunda linha. Apos 24 meses, no primeiro caso e 30 meses, no segundo, de uso continuo de metisergida, foram observados sinais e sintomas sugestivos de FR como edema assimetrico de membros inferiores, sem dor, na paciente com migrânea; dor abdominal, disfuncao sexual e edema de membros inferiores, no paciente com cefaleia em salvas. Apesar do rastreio inicial negativo para fibrose retroperitoneal feito com ultrassonografia e tomografia computadorizada de abdomen normais, no segundo, como os sinais e sintomas estavam progressivos, optou-se pela suspensao e reducao, respectivamente, da metisergida. Houve resolucao completa do quadro cerca de uma semana apos essa conduta. CONCLUSAO: A metisergida e boa opcao nos casos refratarios, mas deve ser utilizada com cautela. Estrategia de descontinuidade do farmaco a cada seis meses, por cerca de 4 a 8 semanas, reduz o risco de ocorrencia de FR, assim como observacao clinica de sinais e sintomas que sugiram esse efeito colateral.
Databáze: OpenAIRE