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Apos retumbante sucesso de Il Guarany e a polemica gerada por sua ousada Fosca , Antonio Carlos Gomes, agora bem experimentado em dois modelos distintos, a tradicao da primeira e a inovacao da segunda, termina por colocar nos palcos seu Salvator Rosa (1874), valendo-se de procedimentos bem comuns de estrutura e composicao musical. Apesar desse retorno as convencoes, percebemos maior liberdade de escrita do compositor campineiro a secao dos metais, atribuindo-lhes funcoes pouco comuns para a antiga escola do melodrama. Primeiramente elucidando a funcao dos metais nas orquestras de teatro a partir dos principais tratados de instrumentacao e orquestracao estudados na Italia em finais da primeira metade do seculo XIX, o trabalho tambem busca apresentar o cimbasso – termo comum nas obras de Gomes e representante da tessitura grave dos metais em sua orquestra. Utilizando como metodologia a analise de tratados de instrumentacao, orquestracao e textos da Gazetta Musciale de Milano , o trabalho contextualiza a tradicao instrumental acionada por Gomes para composicao de seu Salvator Rosa, ao mesmo tempo que apresenta um modo de escrita eloquente para a secao dos metais, aproximando o aparato instrumental daquele costumeiro vocal. Devido a discrepância das edicoes encontradas, o manuscrito autografo do compositor foi a principal fonte consultada. |