A importância do clima no desenvolvimento econômico sustentável / The importance of climate in sustainable economic development

Autor: Junior, Oldemar de Oliveira Carvalho
Rok vydání: 2022
Předmět:
Zdroj: Brazilian Applied Science Review; Vol. 6 No. 1 (2022); 257-280
Brazilian Applied Science Review; v. 6 n. 1 (2022); 257-280
Brazilian Applied Science Review
Brazilian Journals Publicações de Periódicos e Editora Ltda
instacron:FIEP
ISSN: 2595-3621
DOI: 10.34115/basrv6n1-018
Popis: Este trabalho busca demonstrar a importância do clima no desenvolvimento sustentável de uma região hidrográfica (RH3) localizada no oeste do Estado de Santa Catarina, sul do Brasil. Caracterização das principais variáveis climáticas associadas ao desenvolvimento econômico e às mudanças climáticas na área de estudo representam os principais objetivos da pesquisa. Ao todo, nove parâmetros climáticos são analisados: radiação solar, temperatura, umidade, precipitação, evapotranspiração, vento, metano (CH4), dióxido de carbono (CO2), e óxido nitroso (N2O). Os dados climáticos foram obtidos de diferentes plataformas oficiais governamentais e não-governamentais para um período de 1961 a 2020. Os dados climáticos são do banco de dados de variáveis ambientais de Santa Catarina da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (EPAGRI). Dados de emissão de gases são referentes ao intervalo de 1970 a 2019 obtidos do Observatório do Clima (SEEG). Os dados de radiação solar foram obtidos do Laboratório de Modelagem e Estudos de Recursos Renováveis de Energia (LABREN) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Todos os dados foram organizados em planilhas para análise estatística, temporal e espacial. Dados mensais da temperatura, umidade, precipitação, e evapotranspiração acompanharam o movimento do sol, fortemente associados à radiação solar. A análise interanual da temperatura mostrou uma tendência de aumento de 1,14 oC para um período de 59 anos. O CH4 teve um aumento de 40%, de 57,4 mil toneladas em 2008 para 80,4 mil toneladas em 2018. O CO2 se manteve estável para o mesmo período com emissão de 2,5 milhões de toneladas em 2018. Em 2008 o N2O foi 2.540 toneladas, e 2.670 toneladas em 2018, ou praticamente estável no período de 10 anos. Os três gases apresentaram correlação positiva com as atividades agropecuárias. A economia dos municípios presentes na área de estudo é baseada na agroindústria e na agropecuária, em especial a criação de suínos, bovinos e aves, além de plantações de milho e soja em minifúndios. Os resultados mostram a necessidade urgente de implantação de políticas públicas voltadas para o desenvolvimento de projetos com benefícios sociais e econômicos, associados à recuperação de áreas degradadas e à diminuição da emissão de gases responsáveis pelo agravamento do efeito estufa.
Databáze: OpenAIRE