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Resumen Este artículo de reflexión tiene como objetivo explorar la tensión entre el sufrimiento como acontecimiento enigmático y su posibilidad de rememoración. La estrategia utilizada para ello inicia con dos metáforas que permiten establecerla diferencia entre dos versiones de enigma: una débil o comprehensiva del sufrimiento, y una fuerte o radical del mismo. Posteriormente, a partir de algunos trabajos del filósofo Emmanuel Levinas, se considera la versión radical del enigma en confrontación con la tentativa de reducir el sufrimiento a esquemas cognitivos asimilados a una comprensión estereotipada. Finalmente, se pregunta acerca del sentido de rememorar el sufrimiento, aduciendo algunos apuntes respecto a su inutilidad, pero conservando su carácter de perturbación, interrupción y exceso. El resultado del artículo consistirá en una contribución a los intentos por hacer justicia a las personas víctimas frente a la totalización del sistema que los hace personajes bajo la máscara de la representación. Abstract This reflection article explores the tension between suffering as an enigmatic event and its possibility of remembrance. The strategy used for this begins with two metaphors that allow us to establish the difference between two versions of the enigma: a weak or comprehensive version of suffering, and a strong or radical version of it. Subsequently, based on some works by the philosopher Emmanuel Levinas, the radical version of the enigma is considered in confrontation with the attempt to reduce suffering to cognitive schemes, assimilating it to a stereotyped understanding. Finally, it wonders about the meaning of recalling suffering, adducing some notes regarding its uselessness, but preserving its character of disturbance, interruption, and excess. The result of the article will consist of a contribution to the attempts to do justice to the victims against the totalization of the system that makes them characters under the mask of representation. Resumo Este artigo de reflexão tem como objetivo explorar a tensão entre o sofrimento como evento enigmático e sua possibilidade de rememoraçâo. A estratégia utilizada para isso começa com duas metáforas que nos permitem estabelecer a diferença entre duas versões do enigma: uma versão fraca ou abrangente do sofrimento e uma versão forte ou radical dele. Posteriormente, com base em alguns trabalhos do filósofo Emmanuel Levinas, a versão radical do enigma é considerada em confronto com a tentativa de reduziro sofrimento a esquemas cognitivos, assimilando-o a uma compreensão estereotipada. Por fim, interroga-se sobre o significado de recordar o sofrimento, aduzindo algumas notas sobre sua inutilidade, mas preservando seu caráter de perturbação, interrupção e excesso. 0 resultado do artigo consistirá em uma contribuição às tentativas de fazer justiça às vítimas contra a totalizaçâo do sistema que as torna personagens sob a máscara da representação. |
