Informação de profissionais de saúde sobre transmissão transfusional de hepatites virais

Autor: Gaze, Rosangela, Carvalho, Diana Maul de, Tura, Luiz Fernando Rangel
Rok vydání: 2006
Předmět:
Zdroj: Revista de Saúde Pública v.40 n.5 2006
Revista de Saúde Pública
Universidade de São Paulo (USP)
instacron:USP
Revista de Saúde Pública, Volume: 40, Issue: 5, Pages: 859-864, Published: 01 SEP 2006
ISSN: 0034-8910
DOI: 10.1590/s0034-89102006000600016
Popis: OBJETIVO: O treinamento de profissionais de saúde é uma estratégia para garantir a qualidade da atenção à saúde que deve respeitar a adequação técnica dos conteúdos e o universo conceitual dos treinandos. Efetuou-se estudo piloto para explorar a consistência da informação dos profissionais da atenção básica acerca da transmissão transfusional das hepatites virais. MÉTODOS: Aplicou-se questionário anônimo e voluntário a 190 profissionais de curso de especialização em saúde pública, entre 2003 e 2004. Os dados foram analisados segundo dois grupos ocupacionais: médicos, enfermeiros e dentistas (com 115 sujeitos;) e outros profissionais da saúde (com 66 indivíduos), comparando-se as freqüências das respostas certas e erradas de cada subgrupo pelo chi2. Nove sujeitos não informaram a ocupação. RESULTADOS: Dos profissionais avaliados, 80% eram mulheres, de 22 a 60 anos, procedentes das regiões: Nordeste (27,4%), Sudeste (35,3%) e Centro-Oeste (37,3%). A hemotransfusão foi associada às hepatites B e C por 57,5% dos respondentes; hemofilia foi associada às hepatites B e C por 55,7% dos respondentes. Dos respondentes, 74% discordaram da proposição de que as "hepatites virais não se transmitem, atualmente, por transfusão de sangue" e 16,4% concordaram. O número de respostas corretas em relação à hemotransfusão foi maior entre médicos, enfermeiros e dentistas do que entre os demais profissionais (chi2=1,2; p=0,2741). CONCLUSÕES: Os resultados foram comparados com os dados atuais sobre a transmissão das hepatites virais e a consistência das respostas acerca dos diferentes fatores de risco. A apropriação de conhecimentos sobre a transmissão transfusional desses agravos foi pouco consistente para garantir a efetivação de programas de prevenção e controle. OBJECTIVE: Training health providers is a strategy for improving health care quality that need to be technically correct and comply with the conceptual universe of the trainees. A pilot study was carried out to explore the consistency of knowledge on blood transmission of viral hepatitis among primary care providers. METHODS: A non-identified questionnaire was applied to 190 providers attending a public health training program in 2003 and 2004. Answers were compared according to two groups: physicians, nurses and dentists (115 subjects) and other health providers (66 subjects). Frequencies of correct and incorrect answers were compared through Chi-square test (chi2). Nine respondents did not inform their occupation. RESULTS: The study population mainly comprised women (80%) aged 20 to 60 years from Northeastern (27.4%), Southeastern (35.3%), and Midwestern (37.3%) regions. Blood transfusion was associated with hepatitis B and C for 57.5% of the respondents; hemophilia was associated with hepatitis B and C for 55.7% of the respondents, while 74% considered to be incorrect the statement: "viral hepatitis cannot be transmitted through blood" and 16.4% considered it correct. The number of correct answers regarding blood transfusion was greater in the group of physicians, nurses and dentists than other providers (chi2=1.2; p=0.2741). CONCLUSIONS: These findings were compared with current data on viral hepatitis transmission and the consistency of the answers concerning different risk factors was evaluated. These providers' knowledge on blood transmission of these conditions shows inconsistencies that may jeopardize the effectiveness of prevention and control programs.
Databáze: OpenAIRE