Tornar-se refugiado: uma abordagem de trajetória de vida para a migração sob coação

Autor: Anja Weiß
Jazyk: angličtina
Rok vydání: 2018
Předmět:
Zdroj: Sociologias v.20 n.49 2018
Sociologias
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron:UFRGS
Sociologias, Vol 20, Iss 49, Pp 110-141
Sociologias, Volume: 20, Issue: 49, Pages: 110-141, Published: DEC 2018
Popis: This article offers a sociological approach to the ongoing debate about the distinction between refugees and migrants. It adopts a life-course perspective on seeking refuge. Seeking refuge is embedded not only in the legal regimes of refugee protection, but also in other institutional frameworks governing the life-course. Exploring continuities between migrants and refugees allows for a better understanding of whether and under what preconditions the refugee category is applied by administrations and accessed by refugees themselves. With the help of case studies selected strategically from a larger sample of narrative interviews with university educated migrants to Germany, Turkey, and Canada, the article shows how the implementation and administration of the Geneva Refugee Convention in Germany is organized in a manner that often diverges from the empirical reality of fleeing from persecution and lack of protection. On this basis, a broader comparison with migrants in Turkey and Canada who could fall under the Geneva Refugee Convention, but who mostly refrain from claiming asylum, shows that those with better resources and socio-spatial autonomy can, if well informed, find alternative options for gaining protection rather than claiming refugee status. Whether migrants under duress see themselves as refugees and whether they claim asylum does not only result from the persecution they face but also from specificities of legal and administrative frameworks, as well as their position in global structural inequalities and it is related to divergent degrees of socio-spatial autonomy. Resumen Este artículo presenta un enfoque sociológico para el debate en curso sobre la distinción entre refugiados y migrantes. Para ello, yo adopto enfoque de curso de vida para el análisis de la búsqueda de refugio. La búsqueda de refugio está incorporada no sólo en los regímenes legales de protección a los refugiados, sino también en otras estructuras institucionales que dirigen el curso de la vida. Explorar las continuidades entre migrantes y refugiados permite una mejor comprensión de si, y bajo qué requisitos previos la categoría de refugiado es aplicada por las autoridades y accedida por los propios refugiados. Haciendo uso de estudios de caso elegidos estratégicamente a partir de una muestra mayor de entrevistas narrativas con migrantes con formación académica, en Alemania, Turquía y Canadá, el artículo muestra cómo la implementación y la administración de la Convención de Ginebra sobre los refugiados en Alemania se organiza de una forma que muchas veces se aleja de la realidad empírica de la fuga por persecución y por falta de protección. A partir de ello, se hace una comparación más amplia, con migrantes en Turquía y Canadá que podrían encuadrarse en la Convención de Ginebra sobre los refugiados, pero que, en su mayor parte, se abstienen de reivindicar asilo. Se ha observado que aquellos con mejores recursos y autonomía socio-espacial pueden, si están bien informados, encontrar alternativas para ganar protección, en lugar de reclamar el estatus de refugiado. Si los migrantes bajo coacción se ven a sí mismos como refugiados y si reclaman asilo o no es resultado no solo de la persecución que enfrentan, sino también de las especificidades de los marcos legales y administrativos, así como su posición en las desigualdades estructurales globales y, además, tiene relación con los distintos grados de autonomía socio-espacial. Resumo Este artigo apresenta uma abordagem sociológica para o debate em curso sobre a distinção entre refugiados e migrantes. Para tanto, adoto uma perspectiva de trajetória de vida para a análise da busca de refúgio. Esta busca por refúgio está incorporada não apenas nos regimes legais de proteção aos refugiados, mas também em outras estruturas institucionais que regem o curso da vida. Explorar as continuidades entre migrantes e refugiados permite uma melhor compreensão de se, e sob quais pré-requisitos, a categoria refugiado é aplicada pelas autoridades e acessada pelos próprios refugiados. Com a ajuda de estudos de caso estrategicamente selecionados a partir de uma amostra maior de entrevistas narrativas com migrantes com formação acadêmica, na Alemanha, Turquia e Canadá, o artigo mostra como a implementação e a administração da Convenção de Genebra sobre Refugiados na Alemanha é organizada de forma muitas vezes distanciada da realidade empírica da fuga por perseguição e falta de proteção. Com base nisso, uma comparação mais ampla, com migrantes na Turquia e no Canadá que poderiam se enquadrar na Convenção de Genebra sobre Refugiados, mas que, na sua maior parte, se abstêm de reivindicar asilo, mostra que aqueles com melhores recursos e autonomia socioespacial podem, se bem informados, encontrar opções alternativas para ganhar proteção ao invés de reivindicar o status de refugiado. Ver-se como refugiado ao migrar sob coação e reivindicar ou não asilo não resulta exclusivamente da perseguição enfrentada, mas também das especificidades dos marcos legais e administrativos, bem como da posição que a pessoa ocupa nas desigualdades estruturais globais, e tem relação com os diferentes graus de autonomia socioespacial.
Databáze: OpenAIRE