Agentes etiológicos de infecções na unidade de cuidados intermediários neonatais de um Hospital-Escola/ Etiological agents of infections in the neonatal intermediate care unit of a Teaching Hospital

Autor: Gomes, Joyce Letice Barros, Santos, Ivanilza Emiliano dos, Almeida, Talita Coelho de Barros, Guimarães, Maria Raquel dos anjos Silva, Aleluia, Márcia Mirian Rosendo, Sena, Erika Maria Araujo Barbosa de, Corá, Luciana Aparecida
Rok vydání: 2022
Předmět:
Zdroj: Brazilian Journal of Health Review; Vol. 5 No. 2 (2022); 5695-5698
Brazilian Journal of Health Review; v. 5 n. 2 (2022); 5695-5698
Brazilian Journal of Health Review
Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP)
instacron:BJRH
ISSN: 2595-6825
Popis: Introdução: As infecções hospitalares incidem em eventos adversos nas unidades de saúde. Entende-se que as infecções aumentam os valores na assistência ao paciente, interferindo no tempo de internação, e o aumento da morbidade e a mortalidade nos serviços de saúde Brasil (2017). Os agentes etiológicos emergentes, o crescimento da resistência bacteriana e uso de artifícios invasivos que ajudam no diagnóstico e tratamento, compõem grande desafio ao controle de infecção hospitalar Tipple et al. (2003). As infecções neonatais se configuram em um grande desafio, de difícil manuseio clínico, estando os pacientes sujeitos a uma ampla variedade de micro-organismos patogênicos, no ambiente hospitalar (CARVALHO et al., 2014). As infecções no período neonatal têm características que não são observadas em outro grupo de pacientes. Esta susceptibilidade aumentada às infecções se correlaciona com algumas deficiências do sistema imunológico e fragilidade das barreiras cutâneas e mucosas do neonato, defesas ainda mais frágeis no neonato pré-termo e de baixo peso Lopes et al., 2008. As principais infecções identificadas neste cenário são as da corrente sanguínea, grandes responsáveis por mortes perinatais, representando grave problema de saúde pública (MACHADO, ANTUNES, SOUZA, 2017). Os agentes etiológicos como bactérias Gram-negativas e Staphylococcus aureus apresentam-se ainda como os principais agentes de infecção em grande parte dos serviços de saúde, em alguns países do continente americano, incluindo o brasil. Contudo, em alguns hospitais brasileiros, esse cenário vem se transformando e se tornando semelhante à de países desenvolvidos, onde os Staphylococcus coagulase-negativa (SCCN), como o S. epidermidis, são os basais agentes de infecções nas Unidades neonatais, e os fungos leveduriformes como espécies de Candida vêm apresentando uma evidência crescente Brasil, 2011. Os dados de incidência de infecção associada à assistência à saúde, são mutáveis, e têm afinidade com as características de cada unidade de tratamento, características próprias ao recém-nascido (DENG et al.,2011). De tal modo, se faz necessária a pesquisa dos agentes etiológicos de infecções, propendendo conseguir dados epidemiológicos destas infecções, com o intuito de constituir a terapêutica adequada e evitar a disseminação desses agentes. Dessa forma, o objetivo deste estudo foi avaliar a os agentes etiológicos de infecções em unidade de cuidados intermediários neonatal (UCIN) do Hospital Universitário Professor Alberto Antunes, localizado em Maceió/ AL. Objetivos: Determinar a etiologia de agentes isolados de pacientes assistidos no cenário deste estudo. Método: Descritivo, exploratório, com desenho quantitativo, realizado com dados de 33 infecções associadas à assistência à saúde de pacientes assistidos na Unidade de Cuidados Intermediários Neonatal (UCIN) do Hospital Universitário Professor Alberto Antunes, localizado em Maceió/ AL, durante o período compreendido entre janeiro e dezembro de 2017. O estudo foi desenvolvido após emissão de autorização institucional. Resultados: Registraram-se 19 infecções de corrente sanguínea, 6 do sítio cirúrgico e 3 casos de infecção do trato urinário (ITU). Houve maior incidência de microorganismos gram negativos (63,33% dos casos), a citar: sangue com 9 culturas (Klebsiella pneumoniae em 55,55% dos casos; Escherichia coli em 22,22%; Enterobacter ssp em11,11%; Pseudomonas aeruginosa em 11,11% dos casos); secreção de ferida operatória com 3 culturas de Klebsiella pneumoniae; urina com 3 culturas (Klebsiella pneumoniae em 66% e Serratia marcescens em 34% dos casos). Quanto aos microorganismos gram positivos, com representação de 33,67% dos resultados: sangue com 9 culturas (Staphylococcus coagulase negativo em 88,9% e Staphylococcus aureas em 11,1% dos casos); secreção ocular com 1 cultura com Staphylococcus coagulase negativo e 1 cultura com Staphylococcus aureas. Discussão: Demonstra-se a predominância de resultados positivos para hemoculturas, corroborando com estudo supracitado. Em se tratando do microorganismo predominante, este consiste em Klebsiella pneumoniae. Compreende-se que as infecções neonatais consistem em um problema de saúde pública, destacando-se a relevância das consequências delas decorrentes, especialmente se tratando de um público-alvo dotado de tamanhas particularidades. Identifica-se, assim, o caráter desafiador sobre o qual se debruça cada profissional que lhe presta assistência, citada a sua exposição a procedimentos invasivos, durante toda a internação hospitalar. Aumentado o risco de aquisição de infecções, torna-se relevante a oferta de atenção ao caráter profilático destas infecções em neonatologia, ampliando-se, assim, a dimensão do cuidado em saúde para além do diagnóstico e tratamento. Considerações finais: Através deste estudo, percebemos que houve maior incidência de microrganismo Gram negativos, estudos como este são de extrema valia, uma vez que agentes etiológicos que produzem infecção são um problema de saúde pública em todo o mundo. Dessa forma, o conhecimento da epidemiologia dessas infecções pode mudar após a aplicação de novas políticas de controle de infecção.
Databáze: OpenAIRE