Memoria e historia na formação da identidade sem terra no assentamento Conquista na Fronteira
Autor: | Lucini, Marizete |
---|---|
Přispěvatelé: | Zamboni, Ernesta, 1939, Bergamaschi, Maria Aparecida, Oliveira, Sandra Regina Ferreira de, Freitas, Luiz Carlos de, Gallo, Silvio Donizetti de Oliveira, Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação, UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS |
Rok vydání: | 2021 |
Předmět: | |
Zdroj: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) instacron:UNICAMP |
DOI: | 10.47749/t/unicamp.2007.421333 |
Popis: | Orientador: Ernesta Zamboni Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Educação Resumo: Esta tese resulta de um estudo detalhado sobre as narrativas históricas e as práticas de memórias mobilizadas na formação da identidade Sem Terra, no Assentamento Conquista na Fronteira, SC. A pesquisa foi desenvolvida com uma abordagem qualitativa, ancorada no método da fenomenologia-hermenêutica, caracterizada como estudo de caso. Os dados foram coletados através de observações, registros em diário de campo, entrevistas e participações em atividades comemorativas no período compreendido entre junho de 2005 a julho de 2006. Documentos produzidos pelo MST, também foram objetos de análise. Compreender como o Movimento Sem Terra organiza o passado reportou-nos para uma pesquisa que privilegiou a escola e a comunidade do Assentamento, como produtores de uma identidade forjada na apropriação da história pela memória. História que, ao ser apropriada pela memória, permite aos sujeitos o sentimento de pertencer, de enraizar-se. O pertencimento possibilitado pela apropriação da história pela memória responde às carências de orientação desse grupo social no presente, justificando-o, e possibilita-lhe projetar um futuro. Nesta pesquisa, o Movimento Sem Terra é compreendido, desde sua gênese e desenvolvimento até a atualidade, como uma organização de resistência às práticas hegemônicas de produção de identidades pela sociedade do consenso e do consumo. Na produção de uma identidade Sem Terra, a narrativa histórica e as práticas de memória são privilegiadas como elementos de formação mobilizados nas comemorações e celebrações que atualizam laços sociais de pertencimento entre o presente, o passado e o futuro da luta. A análise da produção da identidade Sem Terra no Assentamento Conquista na Fronteira indicou-nos, no âmbito do ensino de história, a necessidade de mantermos a conversação sobre o lugar da memória no ensino de história. A produção da identidade, como elemento privilegiado pelo ensino de história é outra reflexão que esta pesquisa suscita, retomando a temática de qual história ensinar, para qual sociedade. No grupo social investigado, o ensino de história e as práticas de memória são acessados através das narrativas ouvidas, lidas e contadas na escola, nas famílias, nas comemorações e celebrações coletivas, viabilizando aos sujeitos estabelecerem processos de identificação, fortalecendo os laços sociais de pertencimento a um passado que justifica o presente e projeta o futuro da luta Abstract: The Landless Workers Movement are a Brazilian social movement that fights for a new and fairer land distribution, looking for social justice and productivity raise. This thesis brings exhaustive study about the Landless Workers from Conquista da Fronteira, SC, Brazil, especially their history and memories related to their identity conception. The research, a case report, was developed throughout a qualitative methodology, support in phenomenologyhermeneutics method. Data were collected from surveillance, interviews and when the researcher were part of the celebrations at the field, between 2005 June and 2006 July Documents produced by the Landless Workers Movement or MST were also analyzed during the examination. Understanding how the Landless Workers Movement elaborate their memories about the movement conception allowed us to conduct a research important to the movement school and community, giving to the Landless Workers Movement a sense of belonging to someplace or something. The sense of belonging gives them answers and reasons to the guidance faults, turning possible to project the upcoming. Here, the movement is understood since its conception and development until today as a resistance organization in face of the hegemonic production practices, conducted by the consume society. During the landless workers identity formation, their history and their memory are important formation elements, present at the celebrations that connect the past, the present and the future of the movement and the fight. The investigation of the landless worker identity formation showed, at the history context, the need to keep the memory information at the history teaching. The identity production, as provided by the history teaching, is another reflection born at this research, bringing back the arguments about which history must be taught, for which society. At the group studied, the history teaching and the memory practices were accessed through the records that the researcher listened, read and told at the school, at the families, at group celebrations, bringing to people identification processes, making stronger connections to the past, that explains the presents and guide to the future Doutorado Educação, Conhecimento, Linguagem e Arte Doutor em Educação |
Databáze: | OpenAIRE |
Externí odkaz: |