A memória do mundo e a confiança em Yves Bonnefoy
Autor: | Pablo Simpson Kilzer Amorim |
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Přispěvatelé: | Universidade Estadual Paulista (Unesp) |
Rok vydání: | 2014 |
Předmět: | |
Zdroj: | Currículo Lattes Repositório Institucional da UNESP Universidade Estadual Paulista (UNESP) instacron:UNESP |
ISSN: | 2359-0076 1676-515X |
Popis: | Made available in DSpace on 2015-04-27T11:55:57Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2014 Cette communication prétend parcourir quelques poèmes de Les planches courbes (2001) d’Yves Bonnefoy à partir de l’opposition entre mémoire et oubli. Cette réflexion se trouve esquissée dans l’essai “Sous l’horizon du langage” du livre homonyme, lorsqu’il affirme que la poésie est “ce qui, dans l’espace des mots, notre monde, a mémoire du surcroît de ce qui est sur ses représentations” (2002 : 8). Il s’agit d’une mémoire établie moins à partir d’un lieu perdu que retrouvé. Ce à elle que le moi se confie: dans le “oui”, dans la paix, ces deux mots qui apparaissent dans ses livres les plus récents. Le poète apporterait une confiance qui reprendrait, d’une certaine façon, ce que Paul Ricoeur a caractérisé comme le sens des inscriptions-affections: “elles seraient le dépositaire de la signification la plus dissimulée, mais la plus originaire du verbe “demeurer”, synonyme de “durer”. Dans Les planches courbes, il s’agit également d’une mémoire de l’enfance et des mythes. Ce sont des événements qui prennent place dans un temps primordial. Espoir/confiance, donc, de remonter à une force plus ancienne de la langue, de soi-même, de l’être, de ses rapports. Remonter à une unité dans le simple, en reliant une appréhension du monde et de soi-même dans un acte de suffisance, dans lequel celui-ci se conjugue avec une espèce de dépossession: de l’idée, du concept, de l’image. Esta comunicação pretende percorrer alguns poemas de Les planches courbes (2001) de Yves Bonnefoy a partir da oposição memória/esquecimento. Tal reflexão está esboçada no ensaio “Sous l’horizon du langage” do livro homônimo, quando afirma que a poesia é “o que, no espaço das palavras, nosso mundo, guarda memória do acréscimo do que existe sobre suas representações”. Trata-se de uma memória que se situaria menos a partir de um lugar perdido, do que reconquistado. É a ela que o “eu” se confia: no “sim”, na paz, palavras que surgem nos livros mais recentes. O poeta traria uma confiança que retomaria, de certo modo, o que Paul Ricoeur caracterizou como o sentido das inscrições-afeições: “elas seriam depositárias da significação a mais dissimulada, a mais originária do verbo “demeurer”, sinônimo de “durer”. Em Les planches courbes, trata-se, igualmente, de uma memória da infância e dos mitos. São acontecimentos que passam a ter o seu lugar num tempo primordial. Esperança/confiança, portanto, de remontar a uma força mais antiga da língua, de si mesmo, do ser, de suas relações. A uma unidade no simples, fundindo a apreensão do mundo e do eu num ato de suficiência, em que este se conjuga com um tipo de despossessão: da ideia, do conceito, da imagem. Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Instituto de Biociências Letras e Ciências Exatas de São José do Rio Preto, São José do Rio Preto, Rua Cristóvão Colombo 2265, Jardim Nazareth, CEP 15054000, SP, Brasil Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Instituto de Biociências Letras e Ciências Exatas de São José do Rio Preto, São José do Rio Preto, Rua Cristóvão Colombo 2265, Jardim Nazareth, CEP 15054000, SP, Brasil |
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