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O presente trabalho aborda a relacao entre cultura e poder dentro de uma instituicao financeira que no inicio de novembro de 2009 comemorou um ano do processo de combinacao com uma das maiores instituicoes financeiras privadas do Brasil. O objeto de estudo deste trabalho e uma agencia localizada em uma cidade do interior de Minas Gerais, onde parte da historia da instituicao teve inicio, com forte relacao entre a historia da familia do fundador e do proprio municipio. Nesse sentido, parte-se do pressuposto, conforme referencial teorico apresentado no corpo deste artigo, que uma organizacao precisa manter um controle firme e seguro sobre todos os integrantes, conseguindo apoio e conquistando aliados para atingir seus objetivos. Na base dessa discussao, esta uma questao atual dos estudos organizacionais, qual seja: a comprovada dificuldade de administrar a cultura em razao da influencia direta dos interesses daqueles que detem o poder nas instituicoes. Muitas vezes, os objetivos pessoais sao confundidos nesse tipo de relacionamento pessoal e organizacional, comprometendo a harmonia entre as pessoas e os reais objetivos da organizacao. Quando ocorrem alteracoes na estrutura de uma organizacao, sempre ha dificuldades a serem enfrentadas, o que demanda, portanto, uma analise previa do impacto dessa mudanca. Busca-se, com isso, investigar duas questoes: (i) identificar aspectos que subjazem as interferencias correlacionadas das variaveis cultura e poder nesse novo ambiente organizacional, bem como (ii) verificar a possibilidade de resistencia da cultura – fortemente construida ate o momento da fusao e tao forte para o grupo Unibanco – a manifestacoes de poder impostas pela nova realidade. |