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Esta obra apresenta alguns cenarios amazonicos que demonstram a organizacao social, economica, cultural e politica de comunidades agrarias, indigenas, caboclas, ribeirinhas e quilombolas, evidenciado outros caminhos possiveis para o desenvolvimento na Amazonia a partir da co-existencia de modos de vida singulares que visam o bem comum, partindo das sociedades autoctones e das praticas coletivas de gestao e ordenamento da vida social.A obra apresenta 6 cenarios diferenciados que se aproximam da perspectiva do bem viver, onde o bem comum se sobressai em detrimento das relacoes economicas hegemonicas, tao cara ao modo de producao capitalista. Os cenarios nos brindam com relacoes sociais que sao estabelecidas a partir de lacos de reciprocidade, solidariedade e na forra, cuja tonica e a manutencao de valores sociais e nao no preco dos produtos.A plasticidade das populacoes autoctones lhes permite se reinventar e re-existir frente a expansao das fronteiras do capital na Amazonia e serao evidenciadas de modo a demonstrar o protagonismo destas populacoes e permitir que suas vozes possam ecoar como um grito por um outro desenvolvimento possivel.Este desenvolvimento nao leva em consideracao apenas a producao de bens primarios e analisa o Produto Interno Bruto (PIB), tampouco enxerga a Amazonia e os amazonidas de acordo com seu potencial economico e de producao, mas de acordo com sua sociobiodiversidade, seu patrimonio ecologico, cultural e imaterial, apontando iniciativas locais para a resolucao de problemas pontuais, que foram gerados ao longo da dominacao colonial de seu territorio. Apesar desta dominacao, as populacoes autoctones foram capazes de perpetuar valores e acoes imprescindiveis para a vida em comunidade, nos quais pautam suas acoes, mesmo quando pressionados pelo estado brasileiro.Os 6 artigos nos apresentam estrategias sociais coletivas para a manutencao do bem comum, evidenciando que ha outros caminhos possiveis para o desenvolvimento, pautado no envolvimento da sociedade como um todo, uma escolha coletiva pelo bem viver.O bem viver exige uma profunda mudanca de postura da sociedade, sobretudo nas relacoes de consumo, pois as necessidades impostas pelo modo de producao economico dominante e insustentavel tanto socialmente quanto ecologicamente e em um ambiente finito cujas consequencias do modo de consumo e sentida coletivamente, as solucoes tambem precisam ser gestadas coletivamente e referem-se, sobretudo a uma mudanca de postura etica e social, respaldada na construcao de uma coesao social que nao preze pela individualidade, mas sim, pela coletividade.Os textos reunidos nesta obra apresentam em que medida a coesao social e capaz de sobrepujar as relacoes de silenciamento empreendidas pelo colonialismo e apontar caminhos possiveis de desenvolvimento especifico para cada cenario cujas populacoes, longe de serem fagocitadas e intoxicadas pelo modo de producao capitalista, muitas vezes se utilizam de seus instrumentos para r-existir e reinventar-se. |