DAS 'MINA' ÀS MENINAS NA LINJU

Autor: Maria Anória de Jesus Oliveira
Rok vydání: 2021
Předmět:
Zdroj: Revista da FAEEBA-Educação e Contemporaneidade; v. 30 n. 62 (2021): Revista da FAEEBA-Educação e Contemporaneidade; 16-29
Revista da FAEEBA
Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
instacron:UNEB
ISSN: 2358-0194
0104-7043
DOI: 10.21879/faeeba2358-0194.2021.v30.n62.p16-29
Popis: This text results from the work of the authors in the field of Afro-Brazilian and African literatures for children and young people. It is, in this case, one of the languages of the margins still neglected in academic institutions as a research field (OLIVEIRA, 2010). Taking into account the impact of structural and epistemic racism, in addition to the need to break with such chains of thought (LIMA; SOUZA, 2018), we focus on black protagonism in three narratives published after the sanction of Federal Law 10.639/03. The aim is, therefore, to highlight some innovative aspects in the following narratives: A cor da ternura, by Geni Guimarães (1989) and illustration by Saritah Barbosa; Entremeio sem babado, by Patrícias Santana (2007) and illustration by Marcial Ávila; and As tranças de Bintou, by Sylviane A. Diouf (2014) and illustration by Shane W. Evans. For this purpose, a bibliographical research was carried out, problematizing racism in Brazil and highlighting the importance of the referred literature in the Brazilian conjuncture, without neglecting the respective foundations, for those who aim to deepen other studies. The "place of speech" (hooks, 2019) was thus demarcated. The text was (re)structured in a tense moment, of Covid and the upsurge of necropolitics (MBEMBE, 2018). One could not, in this way, ignore the scenario in which it emerges, leading to situate it initially and, also, bring to the scene other points for the present encounter. This is what makes up the first two sections, and, in the following sections, as a counterpoint, we go through the universe of the mentioned literature and studies in the area, seeking to draw attention to the relevance of Geni, Kizzi, and Bintou, the protagonists in focus, to sharpen the child and the young person who live in each one of us, despite the crossings. Finally, beyond the discouragement and Covid-19, we conclude that the languages of the margins interwoven here are more than an invitation to read and can contribute to nurture subjectivity, sensitivity, and our creativity in the art of weaving the journey. Este texto resulta da atuação das autoras no campo das literaturas afro-brasileiras e africanas destinadas às crianças e aos jovens. Trata-se, no caso, de uma das linguagens das margens ainda preterida nas instituições acadêmicas enquanto campo de pesquisa (OLIVEIRA, 2010). Levando-se em conta o impacto do racismo estrutural e epistêmico, além da necessidade de romper com tais correntes de pensamentos (LIMA; SOUZA, 2018), focaliza-se o protagonismo negro em três narrativas publicadas após a sanção da Lei Federal 10.639/03. O objetivo é, portanto, destacar alguns aspectos inovadores nas seguintes narrativas: A cor da ternura, de Geni Guimarães (1989) e ilustração de Saritah Barbosa; Entremeio sem babado, de Patrícias Santana (2007) e ilustração de Marcial Ávila; e As tranças de Bintou, de Sylviane A. Diouf (2014)[1] e ilustração de Shane W. Evans. Com esse propósito, foi realizada uma pesquisa bibliográfica, problematizando o racismo no Brasil e ressaltando a importancia da referida literatura na conjuntura brasileira, sem preterir as respectivas fundamentações, para quem almeja arofundar outros estudos. Foi assim demarcado o “lugar de fala” (hooks, 2019). O texto foi (re)estruturado em um momento tenso, de Covid e de recrudescimento da necropolítica (MBEMBE, 2018). Não se poderia, desse modo, ignorar o cenário no qual emerge, levando a situá-lo inicialmente e, também, trazer à cena outros pontos para o presente encontro. É o que compõe as duas primeiras seções, e, nas seguintes, como contraponto, percorre-se o universo das citadas literaturas e de estudos na área, buscando chamar a atenção para a relevância de Geni, Kizzy e Bintou, as protagonistas em foco, para aguçar a criança e o jovem que habitam em cada um de nós, a despeito das travessias. Enfim, para além do desalento e da Covid-19, concluímos que as linguagens das margens aqui entrelaçdas são mais que um convite à leitura e podem contribuir para nutrir a subjetividade, a sensibilidade e a nossa criatividade, na arte de tecer o caminhar.  
Databáze: OpenAIRE