Fatores associados à violência física denunciada por mulheres

Autor: Isabelle da Silva Gama, Luiza Jane Eyre de Souza Vieira, José Gomes Bezerra-Filho, Juliana Guimarães e Silva, Eriza de Oliveira Parente
Přispěvatelé: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, CAPES
Rok vydání: 2014
Předmět:
Zdroj: Journal of Health & Biological Sciences, Vol 2, Iss 4, Pp 168-175 (2014)
Journal of Health & Biological Sciences; v. 2, n. 4 (2014): Journal of Health and Biological Sciences; 168-175
Journal of Health and Biological Sciences; v. 2, n. 4 (2014): Journal of Health and Biological Sciences; 168-175
Journal of Health & Biological Sciences
Centro Universitário Christus (Unichristus)
instacron:CHRISTUS
ISSN: 2317-3076
2317-3084
DOI: 10.12662/2317-3076jhbs.v2i4.105.p168-175.2014
Popis: Objetivo: Ações dirigidas contra a opressão das mulheres podem ser observadas na reconstrução histórica. Contudo, a violência contra a mulher perdura na linha do tempo e se reafirma como violação dos direitos humanos, caracterizando-se como agravo para a saúde pública, destacando-se por sua complexidade, multicausalidade e desafios intersetoriais. O objetivo do estudo foi identificar fatores associados à violência física contra a mulher denunciante em Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM). Métodos: O estudo foi realizado em Fortaleza, CE, em 2011. Uma amostra de 325 inquéritos policiais de mulheres, entre 20 e 59 anos, foi analisada. A violência foi classificada em física e não física. As análises estatísticas utilizadas foram teste qui-quadrado de Pearson e regressão logística multivariada. Resultados: As denúncias de violência física perpetrada por parceiros ou ex-parceiros representaram 42,8% (IC 95%: 37,4 - 48,4) dos inquéritos policiais analisados. A análise multivariada mostrou os possíveis fatores de risco detectados para a mulher sofrer violência física por parceiro ou ex-parceiro íntimo: o fato de a vítima já ter sofrido recidiva de agressão e nunca ter registrado denúncia junto à delegacia; possuir parceiro atual; possuir até dois filhos com o denunciado; estar em ambiente não residencial e o agressor estar sob o efeito de álcool e/ou drogas ilícitas. Conclusões: Acredita-se que a pesquisa possa subsidiar o encorajamento de mulheres vítimas de seus parceiros/ex-parceiros em prestar denúncia contra o agressor, rompendo o ciclo intermitente de violência.
Databáze: OpenAIRE