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Muitos fatores podem interferir na estimativa do Intervalo Pós-Morte (IPM) que é o tempo entre a morte e o achado de corpo, dentre eles substâncias que alteram os padrões de desenvolvimento dos insetos colonizadores de carcaças. Neste estudo testamos a hipótese de que, se um recurso simulando um cadáver estiver contaminado pelo inseticida tiametoxam, moscas varejeiras da espécie Chrysomya megacephala (Fabricius) (Diptera: Calliphoridae) irão evitar explorá-lo e consumi-lo. Foram feitos testes de dupla escolha nos quais as moscas podiam optar por recurso contaminado ou não contaminado. Os resultados mostraram que estas moscas varejeiras não evitam carne contaminada com inseticida e, além disso consomem o recurso, contudo, ao fazerem isso executam comportamentos atípicos, como expor o ovipositor, e limpar-se frequentemente. Estes resultados sugerem que caso um cadáver seja contaminado com o inseticida tiametoxam, as moscas irão explorá-lo como recurso, no entanto, como esse produto altera o seu comportamento, seu ciclo de vida possivelmente será alterado, bem como a ordem de chegada das espécies, o que poderá afetar a estimativa do IPM, tendo importante impacto sobre as perícias forenses. |