Sepse neonatal como fator de risco para leucomalácia periventricular em pré-termos de muito baixo peso

Autor: Juliana C. Dill, Rita de Cássia dos Santos Silveira, Cristine S. da Costa, Renato S. Procianoy
Rok vydání: 2008
Předmět:
Zdroj: Jornal de Pediatria v.84 n.3 2008
Jornal de Pediatria
Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP)
instacron:SBPE
ISSN: 0021-7557
DOI: 10.1590/s0021-75572008000300005
Popis: OBJETIVO: Verificar a associação de leucomalácia periventricular (LPV) e sepse neonatal em recém-nascidos de muito baixo peso (RNMBP). MÉTODOS: Foram incluídos RNMBP com suspeita clínica de infecção nascidos na instituição de 01/08/2005 a 31/07/2007. Foram excluídos óbitos antes dos 14 dias, malformações do sistema nervoso central e infecções congênitas. Foi realizado ultra-som cerebral no terceiro dia e semanalmente até a sexta semana de vida ou alta. LPV foi diagnosticada por hiperecogenicidade difusa periventricular persistente por mais de 7 dias, ou por cistos periventriculares. RNMBP foram divididos em grupos com e sem LPV. Sepse foi definida por manifestação clínica com cultura positiva. Os testes t, Mann-Whitney, qui-quadrado e regressão logística foram usados. RESULTADOS: Foram incluídos 88 RNMBP, sendo que 62 (70,5%) sobreviveram e 51 (57,8%) tiveram LPV. Os grupos foram semelhantes no peso de nascimento, idade gestacional, escore de Apgar, tipo de parto, SNAPPE-II, presenças de enterocolite necrosante, persistência de canal arterial e óbitos. Sepse e ventilação mecânica foram mais freqüentes no grupo com LPV (23,5 e 2,7%, p = 0,005; 86 e 59%, p = 0,004, respectivamente). Na regressão logística, ambos foram fatores de risco independentes para LPV (p = 0,027 e 0,015, respectivamente). CONCLUSÃO: Corioamnionite é fator de risco definido para LPV. Demonstramos que sepse neonatal também é fator de risco importante. Acreditamos que a resposta inflamatória sistêmica seja o principal fator envolvido na etiopatogenia da LPV em RNMBP.
Databáze: OpenAIRE