Autofiction and experience in O pai da menina morta, by Tiago Ferro
Autor: | Ricardo Augusto de Lima |
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Rok vydání: | 2019 |
Předmět: |
experiência literária
tiago ferro French literature - Italian literature - Spanish literature - Portuguese literature Literature and Literary Theory media_common.quotation_subject Self Subject (philosophy) Character (symbol) Art Displacement (linguistics) experiencia del afuera experience of the outside experiência do fora autoficção experiencia literaria autoficción Aesthetics Reading (process) autofiction Narrative literary experience Meaning (existential) Tiago Ferro PQ1-3999 media_common |
Zdroj: | Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea; n. 57 (2019): Leitura e experiência-Ligia Gonçalves Diniz e Patrícia Trindade Nakagome (Org.); 1-14 Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea, Iss 57, p e5720 (2019) Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea, Issue: 57, Article number: e5720, Published: 27 JUN 2019 |
ISSN: | 2316-4018 1518-0158 |
DOI: | 10.1590/2316-40185710 |
Popis: | Based on the concepts of “experience of the outside” by Maurice Blanchot and “interior experience” by George Bataille, in this paper I analyze the displacement of the subject to the outside in the novel O pai da menina morta, by Tiago Ferro. Although Blanchot rejects the literary Self of the work and its personal speech, I propose, autofiction as a way of reading Ferro’s work. Autofiction materializes in the text not as a stylistic and critical device (as is often the case in contemporary literature), but as a displacement of the author’s empirical self to the other, engendering a double that no longer refers to a real precedent, neither consists in a copy, whose meaning is only effective with the reader and his personal experience that will fill in the blank spaces of the narrative. Therefore, I intend to demonstrate how both readings are not contradictory but complementary once the narrative core is displaced, after the loss experienced by the anonymous character and his need to adjust against absence. From his own experience, Ferro creates a lyrical and fragmented novel that, born from death, looks for what is still alive in this subject who neither wants to, norcan, be called the Self. Con base en los conceptos de “experiencia del afuera” de Maurice Blanchot y “experiencia interior” de Georges Bataille, analizo, en este artículo, el desplazamiento del sujeto hacia el exterior en la novela O pai da menina morta [El padre de la chica muerta], de Tiago Ferro. Aunque Blanchot rechaza el Yo que habla en la obra literaria y su discurso personal, propongo, todavía, como clave de lectura, la autoficción, que se concreta en el texto no como un recurso estilístico y crítico (como se percibe a menudo en la literatura contemporánea), sino como el desplazamiento del yo empírico del escritor hacia el otro, dando origen a un doble que ya no remite a un real precedente y tampoco constituye una copia, cuyo sentido sólo se concretiza con el lector y su experiencia personal que llena los espacios vacíos de la narrativa. Mí objetivo es, por lo tanto, demonstrar cómo las dos lecturas no son contradictorias, sino complementarias en la medida en que el centro de la narrativa está en el desplazamiento, después de la experiencia de pérdida vivida por el personaje anónimo y de su necesidad de encontrarse ante la ausencia. A partir de su propia experiencia, Ferro crea una novela lírica y fragmentada que, nacida de lamuerte, busca lo que aún queda de vivo en ese sujeto que no es, ni puede ser, llamado Yo. Com base nos conceitos de “experiência do fora” de Maurice Blanchot e “experiência interior” de Georges Bataille, neste artigo analiso o deslocamento do sujeito para o fora no romance O pai da menina morta, de Tiago Ferro. Embora Blanchot recuse o Eu que fala na obra literária e seu discurso pessoal, proponho, ainda assim, como chave de leitura, a autoficção, que se concretiza no texto não como recurso estilístico e crítico (como se observa com frequência na literatura contemporânea), mas enquanto deslocamento do eu empírico do escritor para outro, dando origem a um duplo que não mais remete a um real precedente e tampouco constitui uma cópia, cujo sentido só se concretiza com o leitor e sua experiência pessoal que preencherá os espaços vazios da narrativa. Objetivo demonstrar, portanto, como as duas leituras não são contraditórias, mas complementares na medida em que o centro da narrativa está no deslocamento, depois da experiência de perda vivenciada pelo personagem anônimo e sua necessidade de se ajustar diante da ausência. A partir de sua própria experiência, Ferro cria um romance lírico e fragmentado que, nascido da morte, busca pelo que ainda resta de vivo nesse sujeito que não quer, e nem pode, ser chamado de Eu. |
Databáze: | OpenAIRE |
Externí odkaz: |