Fatores epidemiológicos, relacionados à progressão lenta da síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS)

Autor: Dimas Tadeu Covas, Angélica E. Watanabe, Alcyone A. Machado, Simone Kashima, Gabriel S. Vasconcelos, A R L Silva, Maristela Delgado Orellana
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2000
Předmět:
Zdroj: Medicina, Vol 33, Iss 2 (2000)
ISSN: 2176-7262
0076-6046
Popis: Com o objetivo de identificação de fatores envolvidos na progressão lenta para aids, realizou-se estudo transversal para avaliação de dados epidemiológicos de indivíduos infectados pelo Vírus da Imunodeficiência Humana tipo 1 (HIV-1), atendidos no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto-USP. Foram selecionados pacientes, conforme critérios definidos, constituindo duas populações: população 1, composta por lentos progressores (P1), que possuía anticorpos anti-HIV há mais de oito anos e com ocorrência de menos de duas doenças oportunistas no último ano, e a população 2 (P2), pacientes rápidos progressores, com diagnóstico de infecção pelo HIV e doença manifesta a menos de dois anos e com mais de duas doenças oportunistas, diagnosticadas no último ano. Todos os indivíduos foram submetidos a questionário, contendo dados demográficos, profissão, ocorrência de outras doenças sexualmente transmissíveis, forma de contágio, data de diagnóstico e hábitos. O período do estudo foi de março de 1998 a outubro de 1999. Obtivemos na P1: doze homens e quatro mulheres, idade média 30,7 anos, forma de contágio predominantemente sangüínea, tempo de progressão da doença 10,5 anos; P2: 12 homens e 4 mulheres; idade média 34,8 anos, forma de contágio predominantemente sexual, tempo de progressão da doença de 1,5 anos. Tabagismo foi o principal vício em ambas as populações. Quando interrogados sobre a causa do bom estado de saúde, os indivíduos da P1 responderam estar ela relacionada à fé e ao uso adequado das medicações. Os pacientes da P2 não foram interrogados sobre a causa de seu estado de saúde. Quanto à prática sexual, nove pacientes da P1 mantinham relações, sendo cinco sem uso regular do preservativo. Na P2, apenas um paciente utilizava preservativo. Dois pacientes da P1 e um da P2 revelaram ter apresentado DST, Sífilis e Papiloma Vírus Humano. Em vista do reduzido número de pacientes, não foi possível estabelecer associação entre as variáveis estudadas e os padrões de progressão da doença. Os dados sobre hábitos não parecem contribuir para o padrão de desenvolvimento da doença. O estudo oferece um perfil epidemiológico dessas populações de pacientes.
Databáze: OpenAIRE