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RESUMO O metilfenidato não é disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), pois não faz parte da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais. Todavia, o metilfenidato 10 mg é disponibilizado pela rede pública em Maringá-PR de acordo com a Política da Assistência Farmacêutica do município. Objetivou-se analisar as características das prescrições médicas de metilfenidato para crianças em ambulatório de neuropediatria vinculado ao SUS no município. Estudo transversal observacional retrospectivo de caráter quantitativo, realizado por meio da coleta de dados dos prontuários cadastrados no Sistema Gestor da rede pública de saúde do município, pelo ambulatório de neuropediatria na Unidade Básica de Saúde, Zona 7, entre janeiro de 2017 e novembro de 2019. Analisaram-se os dados por frequência relativa e absoluta. Emitiram-se 339 prescrições pelo neuropediatra responsável do ambulatório para 107 pacientes de 6 a 11 anos. Notou-se distribuição geográfica desigual das crianças atendidas conforme bairro da cidade, o que denota influência socioeconômica na prescrição de medicamentos. Ressaltam-se picos de prescrições coincidindo com o período do ano letivo escolar. Concluiu-se que o acompanhamento especializado adequado é premissa para o tratamento, não dispensando a rede longitudinal de assistência. Ademais, evidencia-se o impacto das condições socioeconômicas, tanto na prescrição como na aquisição do medicamento. ABSTRACT Methylphenidate is not available through the Unified Health System (SUS), as it is not part of the National List of Essential Medicines. However, methylphenidate 10 mg is available through the public system in Maringá-PR, according to the Pharmaceutical Assistance Policy of the municipality. Retrospective cross-sectional observational study of a quantitative character occurred through the collection of data from the medical records registered in the Management System of the public health network in Maringá-PR, Brazil, by the neuropediatric outpatient clinic in the Basic Health Unit, between January 2017 and November 2019. Data were analyzed by relative and absolute frequency. 339 prescriptions were issued by the responsible neuropediatrician for 107 patients aged 6 to 11 years. There was an uneven geographic distribution of the number of children attended according to the neighborhood of the city, which points to a socioeconomic influence on the medication prescription. It is worth noting peaks of prescriptions coinciding with the period of the school year, following to a national trend. It was concluded that adequate specialized monitoring is a premise for better treatment, not dispensing the longitudinal assistance network. The impact of socioeconomic conditions is significant in the prescription and purchase of the medication. |