Comportamentos do dentista e da criança durante o atendimento odontológico com uso de contenção física
Autor: | Drugowick, Rayen Millanao |
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Přispěvatelé: | Moraes, Antonio Bento Alves de, 1941, Costa Junior, Aderson Luiz, Faleiros, Pedro Bordini, Gavião, Maria Beatriz Duarte, Marcondes, Fernanda Klein, Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Ciências Médicas, Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e do Adolescente, UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS |
Rok vydání: | 2021 |
Předmět: | |
Zdroj: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) instacron:UNICAMP |
Popis: | Orientador: Antonio Bento Alves de Moraes Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas Resumo: O objetivo deste estudo foi avaliar o comportamento do dentista e da criança em sessões seqüenciais de atendimento odontológico com utiliza¿.o de contenção física (CF). Participaram um dentista e seis crianças, que apresentavam comportamentos n.o-colaborativos, com 4 a 5 anos de idade. Estas foram distribuídas aleatoriamente nas condições; A, B e C; que tinham seis, sete e oito sessões, respectivamente. A dentista podia utilizar qualquer estratégia de manejo do comportamento. Era permitido ao dentista utilizar CF na 3ª e 5ª sessão na condição A; na 4ª e 6ª na Condição B e na 5ª e 7ª na Condição C. As 42 sessões foram filmadas e as respostas dos participantes categorizadas em intervalos de 15 segundos. Os dados foram apresentados em taxas de respostas por minuto por sessão (Capítulo 1) e taxa de respostas por minuto acumulada por rotina (Capítulo 2). No Capítulo 1, participaram um dentista e três crianças e teve o objetivo de identificar os efeitos da CF sobre o comportamento do dentista e da criança. Pode-se observar que a Recusa das três crianças diminuíram e que Choro e Reclamação aumentaram no decorrer das sessões. O dentista empregou CF em todas as sessões, de todas as crianças, em que esta era permitida, at. mesmo em sessões em que as taxas de recusa da criança eram menores em relação ao choro. Concluiu-se que a CF foi uma estratégia aversiva para o dentista e para as crianças. No Capítulo 2, que participaram um dentista e outras três crianças e objetivou analisar funcionalmente os comportamentos do dentista frente aos comportamentos de não colaboração da criança durante o atendimento odontológico, com ou sem o uso de contenção física, observou-se que a estratégia mais utilizada pelo dentista foi explicação (em todas as sessões) e CF (nas sessões com permissão de CF). Após o uso de CF, as respostas de choro iniciaram. O profissional não conseguiu discriminar os comportamentos de recusa e choro e utilizou CF até mesmo nos momentos em que as taxas de recusa, mais prováveis de impedir a execução do tratamento, eram menores do que as de choro. Pode se concluir que a estratégia de instrução não foi eficaz na produção de comportamentos de colaboração nas crianças e que a CF foi aversiva, já que reduziu os comportamentos que impediam a realização do tratamento e produziu reações emocionais e de protesto. No geral, pode se concluir que a estratégia utilizada pelo dentista para modificar o comportamento da criança foi a CF. Para todas as crianças, a contenção física mostrou-se ser uma estratégia aversiva que ocasionou respostas emocionais e não permitiu a aquisição de comportamentos de colaboração com o tratamento. Para o dentista, a contenção física também foi aversiva e não permitiu que este emitisse comportamentos que poderiam favorecer a colaboração da criança. A estratégia mais utilizada pelo dentista nas sessões em que estava, ou não, impedido de empregar a contenção física, não foi eficaz na produção de comportamentos que permitissem a realização do tratamento Abstract: The aim of this study was to evaluate the dentist's and the child's behavior in dental care sessions utilizing physical restraint (PR). One dentist and three children (P1, P2 and P3) who presented non-cooperative behavior, aged 4 and 5 years old, participated in this study. They were randomly assigned in the conditions A, B and C, which contained 6, 7 and 8 sessions, respectively. PR (condition A) could occur in the 3rd and 5th session, in the 4th and 6th session (B) and 5th and 7th session (C). The sessions were filmed and the participant's responses were categorized in every 15 seconds. The data was presented in response rate per minute. In Chapter 1, one dentist and three children participated and the aim was to identify the effects of PR on dentist's and child's behavior. It was possible to observe that the children's refusal to cooperate decreased, and that crying and complaining increased throughout the sessions. The dentist used PR in all the session in which it was allowed, even in sessions where the refusal rate of the child was lower than the crying rate. PR proved to be aversive and its use is not recommended as a psychological strategy. In Chapter 2, one dentist and three children participated and the purpose was to functionally describe the dentist's behaviors based on the child's non-cooperation conduct during dental treatment, with or without the use of PR. It was observed that the strategy used by the dentist was more explanation and PR. After the use of PR, the children started to cry. The professional failed to discriminate the behaviors of refusal and cry and used PR even at situations in which the rates of refusal, most likely to preclude the treatment, were lower than those of crying. It can be concluded that the strategy instruction was not effective and that the PR was aversive, since it reduced the behaviors that precluded the treatment and produced emotional reactions and protest. In general, it can be concluded that the strategy used by the dentist to modify the child's behavior was PR. For all children, PR proved to be an aversive strategy and did not allow the acquisition of compliance behaviors with treatment. For the dentist, PR was also aversive and did not allow the acquisition of behaviors that could facilitate child's cooperation. The most common strategy used by the dentist in the sessions with and without PR was instruction. This was not effective in producing behaviors that allow treatment accomplishment Doutorado Saúde da Criança e do Adolescente Doutor em Ciências |
Databáze: | OpenAIRE |
Externí odkaz: |