Transfusão de concentrado de hemácias em Unidade de Terapia Intensiva

Autor: Jovino S. Ferreira, Vera Lucia Paes Cavalcanti Ferreira, Gustavo Lemos Pelandré
Rok vydání: 2005
Předmět:
Zdroj: Revista Brasileira de Hematologia e Hemoterapia v.27 n.3 2005
Revista brasileira de hematologia e hemoterapia
Associação Brasileira de Hematologia e Hemoterapia e Terapia Celular (ABHHTC)
instacron:ABHHTC
Revista Brasileira de Hematologia e Hemoterapia, Volume: 27, Issue: 3, Pages: 179-182, Published: SEP 2005
ISSN: 1516-8484
Popis: HISTÓRIA E OBJETIVOS: A indicação de transfusão sangüinea em pacientes criticamente enfermos é complexa e pode ser influenciada por muitos fatores. Embora seja prática freqüente, poucos estudos são disponibilizados sobre o uso de sangue e hemocomponentes em pacientes sob cuidados intensivos. O objetivo deste trabalho é analisar a taxa e a incidência-densidade de transfusão de concentrado de hemácias (CH) na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Universitário Prof. Polydoro Ernani de São Thiago (HU/UFSC), bem como descrever os critérios clínicos utilizados e os valores de hemoglobina pré-transfusionais. MÉTODOS: Foram selecionados os pacientes admitidos na UTI do HU/UFSC entre janeiro de 2003 e dezembro de 2004. RESULTADOS: Dos 654 pacientes analisados, 108 (16,51%) receberam transfusão de CH, com incidência-densidade de 3,80 por 100 pacientes-dia. O CH foi o hemocomponente mais utilizado, com um total de 257 eventos transfusionais e 549 unidades. Baixo nível de hemoglobina foi o critério mais utilizado (58%). Valores de hemoglobina pré-transfusional inferiores a 7,0 g/dL foram verificados em 51,75% das transfusões. INTERPRETAÇÃO E CONCLUSÕES: Nos últimos 15 anos, diversos autores analisaram taxas de transfusões de CH em UTIs, encontrando percentuais entre 19% e 85%. Atualmente, em pacientes criticamente enfermos, recomendam-se transfusões quando os níveis de hemoglobina são inferiores a 7,0 g/dL e evitam-se quando são superiores a 10,0 g/dL. Na UTI do HU/UFSC, o hemocomponente mais utilizado é o CH, com percentuais inferiores aos de UTIs de outras instituições. Baixa concentração de hemoglobina com valor pré-transfusional inferior a 7,0 g/dL é o principal critério de indicação. HISTORY AND OBJECTIVES: Many factors influence the indication of blood transfusion for critical ill patients. Nevertheless there are few studies concerning the transfusion of blood components in patients under intensive care. This study is aimed at analyzing the rate and the transfusion incidence-density of red blood cells (RBC) in an Intensive Care Unit (ICU) of the University Hospital of Federal University of Santa Catarina and to describe the clinical criteria and the haemoglobin values applied to indicate transfusions. METHOD: For this study, patients admitted into the ICU between January 2003 and December 2004 were included. RESULTS: A total of 654 patients were studied. From those 108 (16.51%) received RBC transfusions with an incidence-density of 3.8 per 100 patients day. RBC was the most commonly used blood component (257 transfusions were performed using 549 RBC units). The criterion most frequently used for RBC transfusion was a low haemoglobin level (58%). Pre-transfusion haemoglobin levels lower than 7.0 g/dL were observed in 51.75% patients. ANALYSIS AND CONCLUSIONS: Over the last 15 years many authors found that RBC transfusion percentages in the ICU were between 19 and 85%. Currently, RBC transfusion is indicated for haemoglobin levels of less than 7.0 g/dL and transfusions should be avoided when the level is higher than 10.0 g/dL. In the ICU of the University Hospital, RBC is the most commonly used blood component with a lower percentage when compared to ICUs of other institutions. Low haemoglobin levels with pre-transfusion values less than 7.0 g/dL is the main criterion to indicate this conduct.
Databáze: OpenAIRE