A racialização dos (as) ciganos(as) e a experiência dos Calon de Belo Horizonte como sujeitos coletivos de um projeto histórico de liberdade

Autor: Priscila Paz Godoy
Přispěvatelé: Segato, Rita Laura
Rok vydání: 2019
Předmět:
Zdroj: Repositório Institucional da UnB
Universidade de Brasília (UnB)
instacron:UNB
DOI: 10.26512/2015.08.d.20922
Popis: Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Centro de Estudos Avançados Multidisciplinares, Programa de Pós-Graduação em Direitos Humanos e Cidadania, 2015. Este estudo apresenta a ideia de raça, sob a perspectiva de Aníbal Quijano, que se define como um fenômeno puramente “mental”, uma emergência histórica adversa a toda fixação biologista e a toda possibilidade de essencialismo. Propõe uma reflexão sobre o estereótipo nômade do povo cigano, que é associado diretamente à concepção biológica da “raça” e, para tanto, traz a experiência dos Calon de Belo Horizonte, Minas Gerais, como sujeitos coletivos que reinventam a sua própria história. Adota a categoria do “pluralismo histórico”, formulada por Rita Segato que, no lugar da cultura como referencial da identidade fixa, coloca o projeto histórico de um povo como vetor central da diferença. E sustenta um diálogo entre a antropologia que, conforme Segato, se curva à demanda e à interpelação daquilo que outrora foi o seu “objeto”, e os direitos humanos como processos históricos, conquistas e lutas por dignidade, bens e direitos, de acordo com as propostas de Roberto Lyra Filho, José Geraldo de Sousa Junior e Joaquín Herrera Flores. This study presents the idea of race from Anibal Quijano’s perspective, defined as a purely “mental” phenomenon, a historical emergence contrary to the whole biologist fixation and to any possibility of essentialism. It proposes a reflection on the gypsy people’s nomad stereotype directly associated to the biological concept of “race” and, with that purpose, brings forth the experience of the Calon people in Belo Horizonte, Minas Gerais, as collective subjects who have reinvented their own history. It adopts the “historical pluralism” category, formulated by Rita Segato, which, in lieu of the culture as a fixed identity referential, places the historical project of a people as the central difference vector. And it maintains a dialogue between the anthropology, which, according to Segato, yields to the demand and questioning of what was, in the past, its “object” and the human rights as historical processes, conquests and fights for dignity, possessions and rights, according to the propositions of Roberto Lyra Filho, José Geraldo de Sousa Junior and Joaquín Herrera Flores.
Databáze: OpenAIRE