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Esse texto busca analisar os resultados espaciais da expansão que as universidades federais brasileiras apresentaram nas últimas duas décadas, com destaque ao processo de interiorização, em direção as cidades médias e pequenas. É importante destacar que, entre os meados os anos 2000 e o início dos anos 2010, é promissor e acelerado o crescimento do número de universidades federais. Infelizmente, os últimos anos representam o oposto, com estagnação, incertezas e possíveis recuos nesse processo. A expansão das instalações das universidades federais em direção as cidades médias e pequenas do Brasil contribuem, não apenas para a melhoria no acesso ao ensino superior, mas também trazem impactos no espaço intraurbano das cidades que passam a sedia seus campi, em razão da dinamização econômica, política e cultural trazida pelas universidades. Tanto em áreas economicamente decadentes quanto naquelas de forte dinamismo industrial ou do agronegócio, esses novos campi visam também o desenvolvimento urbano e regional, a partir de aspectos ligados ao que se pode configurar como economia do conhecimento ou economia criativa. Especificamente, nesse estudo sobre a geografia da educação superior, vinculada a espacialização e periodização da expansão das universidades federais no Brasil, buscamos analisar, dentre várias possibilidades, alguns impactos decorrentes da instalação de campi universitários federais em cidades médias e pequenas da Bahia. |