O Brasil e o Tribunal do Santo Ofício português: réus, cartas e agentes em circulação no mundo atlântico
Autor: | DANIELA BUONO CALAINHO |
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Rok vydání: | 2022 |
Předmět: | |
Zdroj: | Tempo v.28 n.2 2022 Tempo (Niterói. Online) Universidade Federal Fluminense (UFF) instacron:UFF |
ISSN: | 1980-542X 1413-7704 |
DOI: | 10.1590/tem-1980-542x2022v280212 |
Popis: | Resumo: Este artigo pretende fazer algumas reflexões em relação ao tribunal inquisitorial português, criado em 1536 e extinto em 1821, no que diz respeito às múltiplas dimensões de uma circulação que esta instituição possibilitou: primeiramente, de vasta correspondência e de seus agentes no Império colonial português no Atlântico, uma vez que no Brasil não se criou um tribunal local. Além disso, a própria dinâmica de funcionamento do Santo Ofício, ao transferir os acusados no Brasil para o Tribunal de Lisboa, para lá aguardarem o desfecho de seus processos, fez circular indivíduos acusados de ideias e práticas heréticas, que acabaram por se difundir também no Reino. Enfatizaremos aqui alguns exemplos ligados aos cristãos-novos e aos feiticeiros. Além disso, o sistema punitivo inquisitorial, ao incluir a pena do degredo no rol de penitências que sofreram os réus, foi também promotor da proliferação de condutas heréticas que o Santo Ofício queria extirpar. |
Databáze: | OpenAIRE |
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